Economia e mercado 06 Mai
A GT Advanced Technologies tinha tudo para ser uma das principais parceiras da maçã na fabricação de vidros de safira para o iPhone e Apple Watch (que segue dominando o mercado de smartwatches).
Contudo, aparentemente a firma – que receberia um investimento da maçã de US$ 578 milhões para a criação de novas fábricas – resolveu, digamos, dar um belo calote.
Segundo informações recentes, a fabricante recebeu parte do investimento acima (US$ 300 milhões, para ser mais exato), porém, a Apple não chegou a ver nem a cor do produto que seria destinado aos iDevices.
Agora, a firma (e seu CEO) estão sendo acusados pela Securities and Exchange Comission (SEC) de fraude – a empresa em relação à falsa capacidade de produção e o executivo por enganar investidores prometendo algo que para sua empresa era impossível de cumprir.
O relatório da SEC mostra que, de fato, a Apple antecipou boa parte do investimento para que a GT Advanced atendesse a sua demanda, não só em relação à produção como também no que diz respeito à qualidade dos produtos, que deveria se encaixar em determinados padrões exigidos.
Após experiências frustradas, a maçã reteve US$139 milhões do investimento realizado, e exigiu que a firma pagasse os US$300 milhões que foram antecipados (dívida que, por sinal, a GT Advanced demorou a reconhecer).
Tentando se esquivar da cobrança, a fabricante de vidros de safira alegou que o pagamento da dívida teria um impacto imediato em suas operações, e ainda acusou a empresa de Tim Cook de violar parte do contrato.
Em 2014, durante a divulgação dos resultados fiscais para o terceiro trimestre, o CEO da GT Advanced ainda alegou que, caso a maçã tivesse pago todo o investimento que prometeu, sua empresa teria “conseguido atingir as metas de desempenho” para o ano.
Após isso, ela abriu concordata o que, de acordo com, a SEC, prejudicou significativamente os investidores; em 2016 a fabricante deixou o processo de recuperação judicial e hoje suas ativadas são financiadas por patrocinadores anônimos.
É, são águas passadas que, como diz o ditado, não voltam jamais – o que nos surpreende é que uma firma tão problemática ainda tenha tantos "patrocinadores". 🤔
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