Economia e mercado 10 Jan
Uma medida anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio à guerra comercial contra a China pode afetar diretamente os negócios da Apple. O mandatário disse, em seu Twitter oficial, que aumentará as tarifas de bens importados do país asiático de 10% para 25% a partir desta sexta, 10 de maio.
Mas por que isso afeta a empresa norteamericana? Notícias anteriores dão conta de que a gigante de Cupertino tiraria a produção de iPhones dos Estados Unidos para a China caso a taxa chegasse nesse patamar. Outra consequência seriam as ações 'devastadoras' de retaliação vindas do governo chinês pelo fato de a maçã ser uma companhia icônica do mercado norteamericano. Não é a primeira vez que um tweet de Trump afeta a empresa.
....of additional goods sent to us by China remain untaxed, but will be shortly, at a rate of 25%. The Tariffs paid to the USA have had little impact on product cost, mostly borne by China. The Trade Deal with China continues, but too slowly, as they attempt to renegotiate. No!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 5, 2019
A administração Trump até agora impôs tarifas de 10% sobre a maioria das importações chinesas, com um valor muito mais alto de 25% aplicado a cerca de US $ 50 bilhões em produtos. Até agora, a Apple escapou, mas isso - de acordo com o tweet presidencial - está prestes a acabar nessa sexta-feira.
Os efeitos colaterais dessa mudança de legislação tarifária recaem nos bolsos dos cidadãos e empresas do país. As companhias podem absorver alguns custos e reduzir a lucratividade, mas o restante fatalmente é repassado ao consumidor, o que tem efeito sobre as vendas.
Porém, a mudança de território não seria algo simples. A operação seria complexa, demorada e cara para a empresa. Isso porque o governo chinês estabeleceu Shenzhen como a primeira Zona Econômica Especial no início da década de 1980, abrigando vários fornecedores da empresa.
Trump já havia sugerido que poderia fazer a Apple mudar a produção da Apple para os EUA, mas seu CEO, Tim Cook, explicou que seria impossível, pelo fato de a China ter foco na fabricação, algo que hoje não se encontra no país ocidental. Além disso, a mudança não criaria muitos empregos, já que as fábricas estão cada vez mais automatizadas.
O plano B seria transferir a produção para a Índia - ou ainda o Vietnã -, algo que sua fornecedora Foxcomm já está fazendo.
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