A Oi revelou hoje (15) que a revisão de seu plano estratégico está sendo finalizada, considerando a obtenção de até R$ 7 bilhões em recursos a partir da venda de ativos. A operadora contou com a consultiria de empresas como Oliver Wyman, Boston Consulting Group (BCG) e Bank of America Merrill Lynch (BofAML) e a expectativa é de divulgação novo modelo estratégico em 30 dias.

Eses ativos seriam aqueles que não sãp chave para a empresa. O Bank of America Merrill Lynch está ajudando a operadora a prospectar e estruturar operações desses desinvestimentos, ampliando fontes de financiamento para a execução do plano de investimentos, que tem foco em FTTH e cobertura 4,5G.

Uma outra possibilidade de obter recursos é o pagamento de dividendos da angolana Unitel. Contudo, a operadora segue sem informações concretas a respeito da possibilidade, assim como no último trimestre.

Para reverter a tendência de queda nas receitas, a Oi aposta na fibra, não apenas para o acesso fixo em FTTH, mas como infraestrutura no atacado para a rede móvel de 4,5G e para o futuro 5G, tendo como base o reuso de fibra e infraestrutura ociosa, que gera uma redução de 19% em relação ao investimento necessário para a ação.

A projeção inicial da Oi diz que já foi possível reverter a tendência de queda na base de banda larga ou suavizá-la em certos municípios. E a empresa ainda deseja ser provedora de atacado, já que possui 363 mil quilômetros de fibra, e quer atuar em parceria com operadoras regionais, embora não tenha fornecido mais detalhes sobre como executará esse plano. Contudo, sua quantidade de fibra deve posicioná-la como principal provedora de infraestrutura para 5G no país.

A operadora ainda acredita que o mercado móvel terá um reajuste de preços que levaria a uma melhoria de receita para a empresa, e esse crescimento se daria para todo o mercado de operadoras.