Tech 13 Jun
Atualização (18/06/19)
Após uma série de rumores, o Facebook confirmou nesta terça (18) o lançamento de uma criptomoeda proprietária chamada Libra. De acordo com a rede social, a novidade deve chegar aos usuários em 2020 e, para evitar a volatilidade do Bitcoin, ela será indexada em moedas tradicionais, como Dólar, Iene e Euro.
Além disso, o Facebook também irá disponibilizar a Libra para Messenger, WhatsApp e em um app independente. Assim, a intenção da empresa de Mark Zuckerberg é democratizar o uso da criptomoeda. Como exemplo, a rede social disse que grande parte da população adulta mundial não tem acesso aos serviços bancários tradicionais.
Em números gerais, a rede social citou que 1,7 bilhão de pessoas não possuem conta bancária, sendo que 70% das pequenas empresas em países em desenvolvimento não possuem acesso ao crédito.
O Facebook também explica que a cotação em moeda local facilita o uso da sua solução. Em um exemplo, você pode comprar Libra usando o Real e gastar ou guardar o valor em sua carteira digital. A rede social também pretende ampliar a gama de serviços disponíveis:
Com o tempo, também esperamos oferecer serviços adicionais para pessoas e empresas, como pagar contas apenas apertando um botão, comprar uma xícara de café escaneando um código, ou usar transporte público sem a necessidade de carregar dinheiro ou um cartão de transporte.
Como forma de tranquilizar os usuários, o Facebook reforçou que sua criptomoeda contará com a tecnologia blockchain. Como sabemos, essa novidade foi introduzida com o Bitcoin e traz um banco de dados público que registra todas as movimentações da criptomoeda.
Além disso, a empresa promete não usar os dados financeiros da Calibra na própria rede social:
A não ser em casos específicos, a Calibra não dividirá informações de conta ou dados financeiros com o Facebook Inc. ou nenhum outro terceiro sem o consentimento do cliente. Isso significa que as informações de conta e os dados financeiros de clientes da Calibra não serão usados para aumentar a assertividade de anúncios na família de produto do Facebook.
Para evitar possíveis fraudes, as transações em Libra não serão reversíveis. Outro ponto importante é que o serviço não será gratuito. Isso porque todas as operações custarão uma pequena fração de centavo. Por enquanto, o valor inicial da nova moeda ainda não foi anunciado.
Texto original (24/05/19)
Como sabemos, um dos projetos paralelos do Facebook é o lançamento de uma criptomoeda proprietária. A rede social vem estudando a novidade há muito tempo, sendo que agora fontes afirmam que a "GlobalCoin" pode ser oficializada ano que vem.
Além disso, o Facebook quer que ela atenda apenas 12 países no primeiro trimestre de 2020. Assim, a rede social ganha tempo para testar a aceitação da "GlobalCoin" ao mesmo tempo em que ajusta os últimos detalhes da moeda.
Em busca de tornar a plataforma mais segura, a empresa de Mark Zuckerberg também entrou em contato com o Tesouro do governo dos Estados Unidos para elaborar um processo de verificação para evitar a lavagem de dinheiro.
Já para tornar a moeda forte, o Facebook se reuniu com autoridades do governo britânico e o resultado é que a rede social pretende indexar o valor da "GlobalCoin" a cotação de moedas existentes. Assim, a empresa se livra de ataques especulativos e da alta volatilidade encontrada em outras criptomoedas como o Bitcoin.
Fontes ouvidas pela BBC também afirmam que a rede social deve integrar a sua criptomeda em todos os seus serviços. Assim, além de ter valor no Facebook, a "GlobalCoin" também poderá ser usada no Instagram, Messenger e WhatsApp. Tudo ficará ainda mais simples quando os mensageiros forem unificados.
Por enquanto, o Facebook ainda não comentou o assunto. De toda forma, já é certo que a rede social pretende liberar o uso da sua criptomoeda até mesmo para quem não tem acesso aos mecanismos de crédito. Isso porque a empresa defende que sua moeda democratizará os serviços financeiros.
Comentários