Economia e mercado 10 Jun
A guerra comercial entre EUA e China segue trazendo prejuízos à Huawei, com uma escalada de tensão que levou ao fim da parceria do Google e o fim do suporte ao Android, e diversas outras empresas do país que romperam relações com a gigante chinesa - como recentemente o Facebook, que não enviará seus apps pré-instalados -, embora alguma interação ainda seja permitida por ser necessária para o desenvolvimento dos padrões 5G.
Porém, algumas empresas radicalizaram, orientando seus funcionários a interromperem todas as conversas informais com funcionários da Huawei, para evitarem problemas com a administração Donald Trump.
Reportagem da Reuters aponta que empresas como as fabricantes de chips Intel e Qualcomm, além da companhia de pesquisa móvel InterDigital Wireless Inc e a operadora sul-coreana LG Uplus, adotaram a medida.
Procuradas pela Reuters, Intel e Qualcomm disseram que "forneceram instruções de conformidade aos funcionários", enquanto a LG Uplus disse que "voluntariamente se absteve de interagir com os funcionários da Huawei, além de problemas de instalação ou manutenção de equipamentos de rede".
Como noticiamos há algumas horas, o presidente Trump admitiu motivações econômicas para o embargo à Huawei, desmentindo seu Secretário do Tesouro, que falou sobre segurança nacional.
Vale destacar que a raiz do problema envolvendo Estados Unidos e Huawei vem das acusações de espionagem do governo chinês utilizando equipamentos 5G da companhia, algo que nunca foi suficientemente comprovado pela gestão Trump e sempre negado pela empresa, embora a Huawei nunca negasse sua ligação com o governo chinês.
O tema gerou até mesmo avisos vindos do Google para o presidente Trump sobre segurança nacional, além de efeitos econômicos, como a mudança no preço de memória DRAM. Do outro lado, a Huawei segue testando seu sistema operacional para lançá-lo nos próximos meses.
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