10 Julho 2019
Parece que o Brasil pode se beneficiar no cenário do 5G mundial com a disputa entre Huawei e Estados Unidos ainda em vigor, aponta o diretor de evolução tecnológica da Claro Brasil, Luiz Fernando Bourdot, que afirmou em conversa com jornalistas nesta terça-feira (11).
Para Bourdot, pela Huawei ter perdido contratos com todas as operadoras nos Estados Unidos e ter deixado de trabalhar no 5G em outras regiões como a própria América do Norte, Europa e Oceania, mercados emergentes e com grande interesse na tecnologia da quinta geração das redes móveis como o Brasil podem acabar ganhando mais visibilidade nesta corrida.
Com países muito importantes como o Canadá, Reino Unido e Austrália (que baniu o fornecimento do 5G pela Huawei e ZTE), isso pode contribuir para que a empresa foque o seu desenvolvimento para outros país.
Vice-presidente do Brasil garante que Huawei se mantém no país
No Brasil, o vice-presidente do governo nacional Hamiltou Mourão afirmou no fim de maio que o país não vai barrar os avanços da Huawei e garantiu que a empresa "está estabelecida no Brasil e vai fazer mais investimentos", e reforçou o posicionamento em entrevista ao Valor Econômico, que descartou mais uma vez a retirada da empresa no Brasil. Sobre a possibilidade de banir as tecnologias da Huawei do Brasil, Mourão afirmou: "aqui não."
O diretor da Claro Brasil afirmou que a operadora conta com equipamentos não apenas da Huawei como também da Nokia e da Ericsson, com a Nokia mais localizada para o norte-nordeste do país e a infraestrutura da Huawei e Ericsson espalhada pelo país.
5G em testes pela Claro Brasil
Bourdot afirmou ainda que a Claro já teria encerrado os testes com a quinta geração de redes móveis no laboratório localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, e disse que a operadora e fornecedoras farão relatórios sobre os resultados obtidos.
Ainda não existe uma data oficial para o lançamento do 5G no mercado brasileiro, mas com a boa relação entre a Huawei e o país, é possível que ele chegue entre 2020 e 2021.
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