25 Outubro 2019
A Huawei se vê agora em problema de larga escala por conta do banimento causado pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Segunda maior fabricantes de smartphones do mundo e a primeira empresa em telecomunicações, liderando a corrida pelo 5G em dezenas de países em todo o globo, a companhia agora começa a enfrentar os problemas em longo período.
"Não esperávamos que eles [os Estados Unidos] nos atacassem em tantos aspectos", afirmou o CEO da Huawei Technologies Co Ltd., Ren Zhengfei que viu o resultado do banimento diretamente na receita da empresa Segundo Zhengfei, as proibições dos EUA devem atingir negativamente a receita da empresa em 30 bilhões de dólares.
“Não podemos obter componentes, não podemos participar de muitas organizações internacionais, não podemos trabalhar de perto com muitas universidades, não podemos usar nada com componentes dos EUA e não podemos estabelecer conexão com redes que usam esses componentes”, complementou.
Com receita de US$ 104 bilhões em 2018, a Huawei espera agora uma receita de aproximadamente US$ 100 bilhões para 2019 e 2020, disse Zhengfei, sendo comparada a uma meta inicial de crescimento para este ano e ficando abaixo do previsto, que seria entre US$ 125 e US$ 130 bilhões.
Embora a empresa fabrique seus próprios chipsets para smartphones e seja auto-suficiente em muitos aspectos, a companhia não pode trabalhar mais com o Android OS do Google e já procura um substituto, sendo o Sailfish OS um candidato em potencial. A empresa também não pode utilizar a arquitetura de chips ARM visto que a empresa britânica também deixou de trabalhar com a Huawei. Sem poder rodar o Windows em seus notebooks por ser de uma empresa dos Estados Unidos - a Microsoft - a Huawei basicamente não poderá mais vender seus promissores laptops para a grande parte do mundo.
Os custos deste banimento dos Estados Unidos pode ser ainda maior a longo prazo, e não apenas para a Huawei como também para o mercado mundial: a fabricante é líder em tecnologia de conectividade 5G e agora suas soluções mais compactas, ágeis e baratas que a concorrência não terão a mesma força de desenvolvimento que antes. Com a Huawei fora de países essenciais para o crescimento do 5G, a empresa terá que voltar os olhos para outros mercados, e o Brasil pode ser beneficiado.
O TudoCelular ficará de olho em mais detalhes dos desdobramentos deste embate entre Estados Unidos e China com graves consequências para a Huawei, então fique atento para novidades a qualquer momento.
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