Lançamentos 15 Jul
Em processo de recuperação judicial, previsto para encerrar no final de fevereiro de 2020, a Oi apresenta hoje para o mercado, investidores e analistas sua estratégia de atuação para o período posterior ao processo.
A principal aposta da empresa é o fortalecimento de sua rede fibra, com mais de 363 mil quilômetros de extensão, e investimento massivo em FTTH (Fiber-to-the-Home em inglês, tecnologia banda larga para o mercado de massa) para se tornar a maior provedora de rede de transporte e varejo de dados no país.
Mas isso não quer dizer que outros negócios, como a telefonia celular, serão deixados de lado. A Oi seguirá operando no segmento e anunciou que se prepara para o 5G. Isso será possível graças à venda de ativos, que somarão R$ 7 bilhões, somados a R$ 1 bilhão em corte de custos, além do crescimento da receita.
A Oi manterá os investimentos em seu backbone - rede dielétrica ou subterrânea em fibra óptica - fortalecendo e modernizando a rede para sustentar a crescente demanda que chegará com os serviços 5G. Isso, na visão dos executivos, fará com que a empresa se fortaleça tanto como provedora de oferta de dados no atacado, como no varejo.
Além disso, trabalhará também na oferta de rede de fibra para o usuário final, consolidando-se como fornecedora de banda larga rápida. O objetivo da Oi é alcançar 4,6 milhões de casas com fibra até o fim deste ano, e 16 milhões até 2021. O maior investimento provocará um crescimento de 66% nas casas cabeadas acima do previsto pela operadora.
O impulso no crescimento da banda larga se deve ao novo método de engenharia da empresa, de rebordagem de uso, que torna mais barata e rápida a instalação das redes de fibra.
Em telefonia móvel, a Oi diz ter planos para o 5G, mas não afirma que concorrerá no leilão das novas frequências que a Anatel deve realizar em março. Ela deverá, contudo, fazer o refarming (instalação de nova tecnologia) na frequência de 1,8 GHz, e vai apostar nos clientes mais caros, para aumentar o market share no pós-pago, mudando sua estratégia de preços agressivos nos planos pré-pago adotada nos últimos meses.
Para conseguir os R$ 7 bilhões em venda de ativos, a Oi deve se desfazer das torres de telecomunicações que ainda não foram vendidas e da Unitel (operadora Angolana) ainda em 2019. Para o próximo ano, Data Center e ativos não estratégicos serão vendidos e, em 2021, a Oi deverá negociar imóveis que forem autorizados pela Anatel.
A operadora prevê, até 2024, crescimento anual de receitas de 2% ao ano, Ebitda de rotina entre R$ 4,5 e R$ 5 bilhões este ano. E crescimento entre 15% a 20% no Ebitda de 15% a 29% até 2021.
Comentários