Economia e mercado 05 Ago
A Oi pode sofrer mudanças em relação às suas operações em breve. Isso porque a situação econômica da operadora teria piorado nos últimos meses, o que despertou alerta na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De acordo com o Estadão, o governo Jair Bolsonaro recebeu o aviso de que, se a prestadora não conseguir mudar seus resultados, terá de intervir na companhia. O medo da Anatel é uma possível ausência de telefonia fixa, no próximo ano, em regiões do país onde somente a Oi atende.
Entre as opções do órgão federal, está tirar a concessão de telefonia fixa dada à Oi para fornecer o serviço em todos os estados brasileiros – exceto São Paulo –, a chamada “declaração de caducidade”. Desta maneira, a União teria que sustentar a operação da empresa, em troca de evitar um “apagão” de telefonia fixa em parte do Brasil.
Por outro lado, apesar de os problemas da Oi se estenderem a todos os serviços prestados, a telefonia móvel e a banda larga seriam mantidas no catálogo da operadora. Ambas não poderiam ser cassadas devido ao fato de serem autorizações – e não concessões –, o que impede qualquer cassação de direito.
Em nota publicada no final da manhã desta sexta-feira (16), o presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, negou qualquer intervenção no Grupo Oi S.A. e sugeriu o que chamou de “solução de mercado definitiva” como uma saída para a companhia.
“Para o regulador setorial, por força de suas competências legais, têm primazia a efetiva preservação e a continuidade dos referidos serviços. Nesse contexto, uma solução de mercado definitiva é o cenário preferencial para a evolução positiva da situação do Grupo, diante de sua aderência ao modelo regulatório vigente.”
Leonardo Euler de Morais
Presidente da Anatel
Aprovado em 2017 pelos credores, a Oi tem colocado em prática o plano de recuperação judicial para sair da falência, após uma dívida somada de R$ 65 bilhões. A estratégia da empresa é ampliar a rede fixa e chegar a 16 milhões de lares nos próximos três anos, com tecnologia de fibra óptica.
No entanto, o prejuízo da operadora no segundo trimestre de 2019 foi de R$ 1,55 bilhão, com uma dívida de R$ 12,5 bilhões, número o qual representa um quarto a mais em relação ao último ano.
Na sua opinião, qual é a melhor saída para a Oi se reerguer? Participe conosco!
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