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Atualização (18/09/19) - JB
Os funcionários dos Correios decidiram suspender a paralisação iniciada na última semana. No entanto, de acordo com a assessoria da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (FENTEC), os trabalhadores da estatal ainda devem se manter em "estado de greve".
Isso indica que uma nova paralisação pode acontecer até que um dissídio seja julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 2 de outubro. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste salarial pela inflação e a manutenção de benefícios, como ter pais e dependentes no plano de saúde.
Além disso, os funcionários se manifestam contra a privatização dos Correios. A medida já foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas ainda não começou a ser executada. Por enquanto, a estatal afirma que não tem capacidade financeira para atender os pedidos dos trabalhadores, uma vez que o prejuízo acumulado é de R$ 3 bilhões:
No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável
Caso o consumidor que contratou algum serviço dos Correios se sinta prejudicado, ele pode pedir compensação por isso. Segundo a Proteste, é possível reclamar em entidades de defesa do consumidor (Procon), ou até mesmo entrar na Justiça:
O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não forem prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.
Texto original (11/09/19)
Os trabalhadores dos Correios decidiram, em assembleias realizadas na noite desta terça-feira (10), iniciar uma nova greve geral em todo o país. Segundo representantes dos sindicatos, a paralisação será por tempo indeterminado e todos os serviços da estatal serão afetados.
Em São Paulo, cerca de 5 mil trabalhadores participaram da assembleia e aprovaram a greve. A categoria diz que o objetivo do movimento é defender os direitos conquistados "em anos de luta", os salários, os empregos, a empresa estatal e o sustento da família:
Cerca de 80% das agências vão aderir à greve. Foram 36 sindicatos que em conjunto e com decisão unânime decidiram pela paralisação
Os trabalhadores ainda afirmam que querem impedir a redução dos salários e benefícios, sendo que eles também se posicionam contra a privatização da estatal, que foi incluída no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Outra reivindicação envolve o plano de saúde da empresa. Segundo representantes dos funcionários, os Correios pretendem retirar pais e mães da cobertura oferecida pela estatal. Por enquanto, o caso segue em julgamento, mas sem qualquer indício de resolução.
Procurada para comentar a greve, a direção dos Correios informou ao G1 que participou de 10 encontros para apresentar propostas dentro "das condições possíveis".
O principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população.
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