Em encontro com repórteres estrangeiros na cidade de Bruxelas (BEL), o vice-secretário adjunto de política cibernética do Departamento de Estado dos EUA, Rob Strayer, deu duras notícias para quem alimenta esperança de ver dispositivos da Huawei com aplicativos do Google e outros atributos ocidentais. As informações são da Bloomberg.

O representante da administração Donald Trump disse que os EUA provavelmente não renovarão a licença temporária para que as empresas do país negociem com a Huawei Technologies, em meio à guerra comercial com as companhias chinesas.

Essa licença foi concedida em maio e tinha duração de 90 dias, e um segundo adiamento, até 19 de novembro, foi reprovado. O governo norte-americano também não descarta punições adicionais para aliados que se recusem a proibir equipamentos Huawei em redes 5G, e as sanções envolvem exclusão dessas empresas de acordos de inteligência.

A posição do Departamento de Estado norte-americano acontece no momento em que a União Européia se prepara para apresentar uma avaliação conjunta sobre os riscos à segurança das redes 5G avançadas até o início de outubro desse ano. A Huawei planeja vender tecnologia 5G para diminuir o problema com os EUA.

A licença atual tem limitações, liberando atividades como manutenção e suporte de redes móveis e equipamentos da Huawei já existentes, suporte a celulares Android disponíveis até 16 de maio de 2019, divulgação de vulnerabilidades de segurança em produtos da marca e a participação da Huawei em órgãos como 3GPP e GSMA para desenvolvimento do 5G.

Essa limitação causa preocupação especial com o futuro da divisão de smartphones da empresa fora do mercado chinês, visto que a linha mais recente de celulares, Huawei Mate 30 e Mate 30 Pro, foi lançada sem, por exemplo, o suporte a aplicativos do Google, apesar de vir equipado com Android, por ser de código aberto.

Para resolver o problema em futuros aparelhos da companhia, existem planos ainda não confirmados de lançar celulares com bootloader desbloqueado para facilitar a instalação dos Google Apps, mas não está claro como será o procedimento.