Economia e mercado 18 Nov
O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta semana o CEO da Huawei Brasil, Wei Yao, em uma reunião que teve como pauta a tecnologia 5G.. O encontro também aconteceu logo após a realização da Cúpula dos Brics. Na ocasião, Bolsonaro recebeu Xi Jinping, presidente da China, e fez acenos ao país.
Segundo fontes, a gigante chinesa demonstrou interesse em participar da construção da nova rede no Brasil e ressaltou que pode acelerar a ativação do 5G no país. Questionado sobre o assunto da reunião, Bolsonaro disse para a Folha que a Huawei não falou sobre o leilão que será realizado pela Anatel:
A palavra leilão eu não ouvi na reunião. Se ele falou, eu estava desatento. Não foi feita a proposta, ele apenas mostrou que quer 5G no Brasil.
O presidente também comentou que a decisão final sobre o leilão será feita com base na melhor oferta e na conectividade:
Estou sabendo que tem uma empresa sul-coreana que também está em condições de operar o 5G. A melhor oferta, né? A gente vai levar para o lado do quê? Oferta e conectividade. É isso aí.
Apesar de não ser o tema central das discussões, fontes afirmam que a Huawei pediu que o governo brasileiro permita que as operadoras sejam livres para escolher seus fornecedores quando a Anatel realizar o leilão do 5G, que deve acontecer no segundo semestre de 2020.
Além disso, a fabricante também destacou que pode trabalhar em conjunto com bancos estatais da China para conseguir financiamento para operadoras brasileiras, algo que facilita a compra dos seus equipamentos. Indiretamente, a avaliação é que o governo Bolsonaro não deve interferir no leilão do 5G.
Isso porque, apesar dos alertas emitidos pelo governo dos Estados Unidos, a Anatel já liberou que as principais operadoras do país façam testes do 5G com equipamentos da Huawei. De toda forma, o assunto é tratado com muita cautela, uma vez que a companhia está no centro da guerra comercial entre China e EUA e o Brasil adotou a posição de neutralidade.
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