Economia e mercado 12 Ago
Apesar do fraco desempenho global, a Europa registrou o maior crescimento na venda de smartphones durante o terceiro trimestre deste ano. Os números constam no novo relatório divulgado pela consultoria Canalys e mostram que a Samsung continua liderando o mercado do velho continente.
A gigante sul-coreana agora tem 35,7% de participação, com um crescimento médio de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. Em números gerais, a companhia enviou cerca de 18,7 milhões de smartphones, sendo a que a linha Galaxy A continua puxando as vendas.
Já a Huawei, apesar dos problemas envolvendo os EUA, manteve a segunda colocação (22,2%) e registrou um bom crescimento em relação ao segundo trimestre deste ano. Assim, a chinesa viu as suas vendas aumentarem de 8,5 milhões de aparelhos para 11,6 milhões no terceiro trimestre.
Por outro lado, a Apple estabilizou no terceiro lugar (18,6%), com a venda de 9,8 milhões de iPhones e uma leve queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, quem realmente chamou a atenção no terceiro trimestre foi, sem sombra de dúvidas, a Xiaomi.
Os números mostram que a chinesa cresceu 73% em relação ao mesmo período de 2018 e agora acumula uma participação de 10,5%, o que representa a venda de 5,5 milhões de aparelhos. De acordo com a Canalys, esse é um resultado direto do processo de expansão da chinesa.
A Europa está em uma posição favorável e atrai a atenção de muitos fornecedores chineses [...] Operadoras e canais abertos [varejistas] tem proporção de 47% e 50% de participação nas vendas, respectivamente. Isso facilita a entrada de novas empresas com produtos de médio a alto padrão - Mo Jia, analista da Canalys
Essa abertura da Europa beneficia empresas que não tem poder de barganha para negociar com operadoras, algo que diferencia o velho continente dos EUA. Além disso, com a estagnação da Huawei, muitas fabricantes procuram preencher o espaço deixado pela chinesa.
Por isso, Realme e outras companhias menores tem um potencial muito grande para crescer na região. Isso sem falar da Xiaomi, que tem como meta "dominar" o mercado europeu da mesma maneira que conseguiu na Índia.
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