Economia e mercado 28 Nov
Apesar do governo dos Estados Undos iniciar a liberação de licenças especiais para empresas do país, a Huawei já se tornou uma companhia "livre de peças americanas". A informação foi revelada neste fim de semana e foi obtida usando como base a cadeia de fornecimento da chinesa.
Assim, os novos Mate 30 e 30 Pro foram anunciados sem nenhuma peça produzida por empresas dos Estados Unidos. Além disso, ciente do banimento do país, a companhia também retirou alguns componentes que adaptavam a recepção de sinal para a rede dos EUA.
Outro ponto importante é a participação da HiSilicon, subsidiária da própria Huawei. Segundo análises, grande parte das peças - modem e processador - foram produzidas pela companhia, sendo que até mesmo os chips de WiFi e Bluetooth da estadunidense Skyworks foram substituídos por equivalentes chineses.
De acordo com analistas de mercado, a Huawei foi "esperta" o suficiente e se planejou com muita antecedência. Isso porque a ameaça de banimento dos EUA surgiu em 2012, algo que fez a chinesa investir pesado em pesquisa e desenvolvimento de componentes próprios.
Além disso, a empresa começou a procurar fornecedores de fora dos EUA e criou um grande estoque de peças. Isso permitiu que a Huawei continuasse produzindo smartphones e até mesmo estações para o 5G. A situação da empresa é confortável graças a uma parceria estratégica com a TSMC.
Assim, apesar de ainda não ter acesso aos serviços do Google em seus celulares, a chinesa pode continuar atuando no mercado asiático e mantendo bons números. Como consequência, muita gente acredita que as sanções comerciais dos EUA não estão sendo eficientes:
A independência da oferta de peças dos EUA indica que as estratégias do país na tentativa de isolar a Huawei não estão funcionando - Handel Jones, presidente da Business Strategies
Comentários