06 Março 2020
Tanto Play Store quanto App Store cobram uma taxa de todos os apps pagos ou que possuem microtransações em suas plataformas. Esse valor inicialmente é de 30% de qualquer compra, ou seja, as empresas precisam calcular seus preços levando em conta que quase 1/3 será retido por Google e Apple.
Isso, claro, tem deixado muitas delas insatisfeitas: Fortnite se recusou a usar a Play Store para ser distribuído, por exemplo, e foi o primeiro sinal de rebeldia das empresas nesse sentido. A Netflix bloqueia assinaturas pela App Store, mas ainda está disponível por lá, redirecionando o usuário à compra de um pacote via interface web.
Agora, quem se mostra insatisfeito com essas taxas é... o Google. A companhia impossibilitará novas assinaturas do YouTube TV via App Store a partir de 13 de março, Mesmo quem já possui um pacote, o mesmo será cancelado no próximo mês, havendo a necessidade de confirmação de uma nova assinatura através de outros meios de pagamento.
Claro, o YouTube TV não seria louco de sair da Play Store, um produto seu, até porque "está tudo em casa", e aqui a plataforma não sofre com essas taxas.
Os assinantes já estão sendo notificados via e-mail, e é um risco que o Google corre ao fazer isso pois muitos poderão simplesmente optar pela não renovação nesse processo de migração. Como mesmo assim a companhia tomou essa decisão, isso mostra que as taxas da Apple valiam esse risco.
Vale lembrar, o Spotify é outro crítico a essas taxas da gigante de Cupertino, e chegou a lançar uma campanha mostrando como ganhava menos que o Apple Music por conta disso, ao mesmo tempo em que as políticas de uso da App Store impediam a oferta de períodos promocionais.
O monopólio da App Store no iOS é alvo de discussões judiciais em vários tribunais pelo mundo, mas nenhuma decisão favorável a um novo produto para esse mercado foi decidida ainda. Enquanto no Android lojas alternativas podem ser instaladas sem dificuldades - para o alívio da Huawei - no iOS a única forma de instalar um app é através da loja da Apple.
E você, o que acha das taxas cobradas por Google e Apple em suas lojas virtuais? Conte para a gente nos comentários!
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