Economia e mercado 10 Mar
O COVID-19 causou muitos problemas para os mercados financeiros ontem e hoje já temos notícias de ele deve afetar a produção nacional de eletrônicos. Fora do Brasil, a Apple já enfrenta quedas nas vendas na China e no ocidente, Bill Gates já anunciou a doação de 25 milhões de dólares para investimento em formas de contenção da epidemia de coronavírus ao redor do mundo.
Segundo a Abinee, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a produção de eletrônicos nacional deve enfrentar problemas caso a situação de países fornecedores de peças não melhore. Um levantamento da associação diz que 54% das empresas ligadas à ela devem enfrentar problemas para reabastecer o estoque de produtos finalizados se a situação não mudar nos próximos 47 dias.
É importante lembrar que algumas fábricas do Brasil já tiveram que parar integral ou parcialmente sua produção por falta de peças, o que as levou a dar férias para seus funcionários para evitar prejuízos adicionais. Estamos falando da Samsung e da Motorola, que têm produção nacional e dependem de países como China para fornecimento de peças para seus produtos.
Atualmente, segundo a Abinee, 21% das empresas não estão conseguindo atingir a previsão de produção para o primeiro trimestre, o que é realmente preocupante. A produção já está 31% abaixo do esperado e como se isso não fosse o suficiente, resultados apontam que 6% das empresas que responderam à pesquisa já estão em paralisação parcial enquanto que 14% já planejam fazer o mesmo em breve.
Caso a situação se normalize, as empresas estimam que devem demorar pelo menos 2 meses para que os estoques e a produção se normalize novamente, afinal 48% dos insumos para produção nacional vem de países asiáticos, destes, 25% são importados da China.
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