A Qualcomm pode ser a maior fabricante de SoCs do mercado, mas Samsung (Exynos), HiSilicon (Kirin), Apple e MediaTek não ficam para trás.

Nos últimos anos, inclusive, muitas empresas têm tentado diminuir sua dependência dos produtos Snapdragon, o que tornou o mercado mais competitivo. A MediaTek, com uma demanda crescente em produtos chineses, inclusive investiu na criação do Dimensity 1000, um chipset top de linha com modem 5G embutido.

Ele já é usado no Oppo Reno 3, por exemplo, e traz uma característica curiosa: o suporte em hardware ao codec AV1, muito popular nos últimos tempos por permitir altíssima qualidade de vídeo em arquivos realmente compactos. Ou seja, permite que plataformas de streaming entreguem seus conteúdos sem exigir que as conexões sejam extremamente rápidas, ou que muito de sua franquia precise ser usada nessa operação.

A Netflix já brinca com essa solução, e o Google Chrome possui suporte ao codec desde o Chrome 70. O Google Duo, por sua vez, implementa a solução nas chamadas de vídeo da ferramenta.

Enquanto todos os outros SoCs do mercado lidam com o codec por uma solução de emulação por software, o Dimensity 1000 faz isso por um hardware dedicado. E o que isso significa? Bem, é como montar um móvel quando se tem as ferramentas adequadas: você gastará menos energia e levará menos tempo para chegar ao resultado. O que chips sem a decodificação embutida fazem é uma espécie de gambiarra, que no final se traduz em muitos recursos de CPU sendo deslocados para essa emulação, e um consumo energético alto.

Enquanto esse é um diferencial do SoC da MediaTek, as outras fabricantes do mercado parecem não ligar muito para um módulo de hardware dedicado a esse recurso, estando mais focadas em reduzirem o tamanho dos seus chips cada vez mais. Vale lembrar, esse também é um caminho para melhorar a eficiência energética dos mesmos.

E você, se importa com esses pequenos detalhes e cuidados, ou no final o que vale é o poder de fogo do chipset? Conte para a gente nos comentários!