Enquanto prepara o lançamento do novo PS5, a Sony também tem passado por uma reorganização interna em busca de se tornar mais eficiente em meio a crise global provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Recentemente, a empresa unificou todo o seu setor de produtos eletrônicos.

Agora, a gigante japonesa anunciou que está incorporando seu braço financeiro ao fazer uma grande recompra de ações. De acordo com fontes do mercado, a ideia da companhia de eletrônicos é fortalecer a sua presença no setor de fintech para concorrer com a chinesa Alibaba e até mesmo a Apple.

Assim, a medida também reforça a estratégia do CEO da Sony, Kenichiro Yoshida, que pretende ampliar o investimento da empresa em entretenimento e negócios por meio de assinaturas.

De acordo com Yoshida, o investimento de 400 bilhões de ienes é um importante passo da empresa para se proteger dos riscos causados pela crise.

O negócio financeiro tem uma base de lucro estável no Japão. Assumir o controle de todos os nossos negócios deve nos proteger dos riscos geopolíticos crescentes.

Como a Sony Group (novo nome da empresa em 2021), já detém 65% da Sony Financial, a empresa está comprando os 35% que estão nas mãos do mercado. Por mais que possa parecer uma estratégia arriscada, esse braço da japonesa é uma fonte estável de receitas e pode compensar perdas em outros setores.

Atualmente, a Sony Financial atua no mercado bancário, cartão de crédito e até mesmo na assistência médica do Japão. O lucro operacional da empresa no último trimestre foi de 129,6 bilhões de ienes, ou seja, 15% do total que a Sony arrecadou no mesmo período.