Economia e mercado 02 Jun
Essa semana nós vimos que o número de vendas de celulares caiu consideravelmente no primeiro trimestre desse ano devido à crise do novo coronavírus no mundo. Essa queda é reflexo do período em que o surto da doença começou na China, que é um dos países que concentra mais fabricantes de smartphones no mundo.
Outra empresa que também teve uma grande queda no número de vendas foi a Apple, que viu o número de vendas do iPhone cair em 8,2% no período e vendeu cerca 41 milhões de unidades do dispositivo no primeiro trimestre deste ano.
No entanto, além da queda na venda dos aparelhos móveis, a extensão das medidas de isolamento social em alguns países causou também uma queda na produção de elétricos e eletrônicos este ano. Desde fevereiro, quando a COVID-19 começou a se espalhar no continente asiático, esse número cai mês a mês.
Dados da Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – que foram divulgados pelo IBGE indicam que a produção da indústria elétrica e eletrônica recuou 30,3% no mês de abril em relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Esse número indica a maior queda desde 2002.
Essa foi a terceira queda consecutiva na produção do setor. É importante lembrar que em fevereiro a produção de bens eletrônicos foi prejudicada pelos problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos da China.
"As medidas de isolamento social em razão da chegada do coronavírus no Brasil impactaram a produção industrial a partir da última semana do mês de março, afetando o mês inteiro de abril", observa o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato.
Acumulando os dados de janeiro a abril, houve uma queda de 11,8% no setor, que é resultado tanto da queda de 12,9% da área eletrônica quanto da retração de 10,7% da área elétrica.
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