Economia e mercado 13 Jul
Uma alteração planejada para começar a acontecer a partir de agosto, no Brasil, terá como objetivo aumentar a qualidade da gasolina comercializada no país. Isso porque os postos de combustível precisarão se adaptar às mudanças exigidas pela ANP – Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural – e terão que “padronizar” o produto com base em níveis internacionais.
Com isso, apesar de obter uma melhoria no consumo pelo motor, é de se esperar – também – um aumento no preço final do produto. O consumo de gasolina por quilômetro rodado, no entanto, deverá ter uma baixa de 4% a 6%, o que permitirá ao motorista “rodar” mais tempo antes de precisar abastecer novamente.
Para isso, haverá uma alteração no índice de octanagem na gasolina comum, que passará de 87 para 91. Esse número indica o quanto o combustível resiste à queima no motor, o que afeta em sua durabilidade. Para entender melhor o que é a octanagem, confira o vídeo abaixo, apresentado pela Petrobras.
Essa mudança poderá ser percebida melhor em modelos de carros mais novos que, com um motor mais potente, acabam não atingindo toda a performance esperada por conta do tipo de gasolina antigo. Ao padronizar o combustível, esses automóveis poderão ter um consumo melhor por quilômetro rodado.
Outra vantagem é que esse padrão diminuirá os riscos de danos ao motor que, com octanagem mais baixa, sofrem com a chamada “pré-detonação”, que faz com que o combustível seja queimado antes do tempo certo no motor e causa um problema denominado “batida de pino”.
Essa mudança deverá ajudar, também, a padronizar o combustível vendido em diferentes postos que, atualmente, podem apresentar qualidades bem discrepantes dependendo do seu fornecedor. Com o novo padrão, essa diferença será bem menor, já que todas as fontes deverão seguir essa norma.
Por fim, a novidade beneficia as montadoras que atuam no Brasil, pois elas poderão fabricar mais modelos no país com tecnologias do motor parecidas com o que é visto no exterior, de acordo com a explicação do professor de engenharia mecânica Silvio Shizuo à Revista Auto Esporte.
Apesar de esperarmos por um preço elevado, até o momento não há informações sobre o preço do litro da gasolina no Brasil a partir dessa alteração.
Enquanto isso, podemos esperar ansiosos pela chegada de mais modelos elétricos no Brasil, o que reduzirá a emissão de gases poluentes. Segundo um projeto de lei, há planos para proibir a comercialização de veículos movidos à combustão de gasolina ou diesel a partir de 2030.
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