Tech 24 Ago
A Apple é uma das maiores empresas do mundo, e a primeira de capital aberto a valer US$2 trilhões, e sua ampla presença acaba sendo um dos motivos pelos quais a fabricante é constantemente investigada por práticas anticompetitivas. A mais recente delas vem da Coreia do Sul, que acusa a norte-americana de abusar de sua posição dominante no mercado, obrigando operadoras locais a arcar com custos de propaganda e garantia.
Como maneira de resolver a situação sem precisar encarar os tribunais, a Maçã propôs à Comissão Coreana de Comércio o pagamento de 100 bilhões de wons, o equivalente a US$84 milhões ou cerca de R$471 milhões, que seriam revertidos em investimentos em centros de pesquisa e desenvolvimento para pequenas empresas, educação para novos desenvolvedores e descontos e outros benefícios para consumidores.
Conforme explica a comissão, a decisão final não será tomada pelo órgão sozinho, dependendo ainda do resultado de uma consulta pública à população do país, que decidirá se a proposta oferecida pela gigante de Cupertino cobre os danos causados ou não. Caso a proposta seja aceita, a empresa seria ainda isenta das investigações, mas caso seja rejeitada, a Apple terá de aumentar a oferta ou encarar o julgamento.
Ainda de acordo com o órgão regulatório, a fabricante norte-americana também aceitou entrar em negociações com as operadoras do país para que os gastos com marketing e garantia sejam repartidos de maneira mais justa. A Apple representa 18% do mercado coreano, ficando atrás da Samsung, que domina com cerca de 65%.
Vale lembrar que a gigante de Cupertino vem enfrentando uma verdadeira guerra com a Epic Games, que também acusa a empresa de "tirar proveito de sua posição dominante", não fornecendo suporte aos desenvolvedores. O mais recente capítulo do conflito contou com a participação da Microsoft, que apoio a desenvolvedora de games em um processo aberto pelo encerramento da conta da desenvolvedora na App Store.
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