Economia e mercado 09 Set
Apesar do reajuste salarial de 2,6% proposto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) orienta os funcionários da estatal a manterem a greve.
Em comunicado enviado a todas as divisões estaduais, a FENTECT também agendou assembleias com os sindicatos filiados para definir sobre a continuidade da paralisação. As reuniões estão acontecendo ao longo do dia, sendo que a federação classificou a decisão do TST como "política, não jurídica":
Conclamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras do país a se manterem firmes na greve diante dos ataques do governo, que usou o Tribunal Superior do Trabalho para atacar os nossos direitos.
O documento também diz que o julgamento do TST retirou conquistas da categoria:
Não podemos permitir esse ataque, que representa a retirada de até 40% da remuneração dos trabalhadores em meio à pandemia que assola todo o mundo. Uma atitude covarde que os trabalhadores e trabalhadoras não vão aceitar, pois a luta é pelo sustento das milhares de famílias que dependem dessa remuneração.
Comentando o assunto, José Rivaldo da Silva, secretário-geral da federação, ressaltou que os debates devem caminhar para a manutenção da greve:
Para nós, a greve continua. Não dá para aceitar o que os ministros do TST fizeram conosco. Amanhã, não vamos voltar ao trabalho, vamos debater o que vai acontecer com a gente.
Por enquanto, a direção dos Correios não se manifestou sobre o assunto. De toda forma, a estatal garante que está executando um plano de contingência para evitar a paralisação total das entregas.
Comentários