Economia e mercado 26 Nov
O mercado de smartphones está mudando em meio à pandemia do coronavírus Covid-19, e a empresa Garnet compartilhou nessa segunda-feira (30) alguns dados interessantes.
Mesmo com toda a restrição do cenário atual, onde milhares de pessoas acabaram perdendo seus empregos, ainda assim, algumas empresas estão vendendo mais do que antes.
A Samsung, por exemplo, mostrou um crescimento ano após ano de 2,2%, totalizando mais de 80,6 milhões de aparelhos vendidos – Huawei, por sua vez, vem em segundo lugar, porém, apresentando com 21,3% menos vendas do que no ano passado.
A Xiaomi aparece em terceiro lugar, superando grandes nomes na indústria como a Apple. As vendas da chinesa incluem também os aparelhos das marcas Redmi e Poco, que fazem bastante sucesso globalmente devido a seu custo-benefício interessante.
De acordo com a Gartner, a queda na participação de mercado na Huawei não foi decorrente da pandemia em si, porém, é resultado direto das várias sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.
Um dos maiores impactos deve-se ao fato dos novos smartphones da marca chinesa não trazerem mais embarcados os serviços do Google, tampouco oferecem acesso à Play Store, o que acabou prejudicando a experiência de uso para vários usuários.
E ao que tudo indica, as previsões para o próximo ano estão ainda piores, com expectativas ainda maiores de queda, onde a marca venderia por volta de apenas 1/5 do que está atualmente comercializando atualmente.
Sabendo das restrições em relação aos serviços do Google, a Huawei está dando um jeito de aliviar o problema lançando versões atualizadas de modelos antigos como, por exemplo, o Huawei P30 Pro do ano passado – mas essa tática não é algo que deva funcionar a longo prazo.
Afinal de contas, nesse ramo os usuários buscam sempre novas tecnologias, e utilizar hardware antigo com certeza não deve sustentar o interesse daqueles buscando o melhor que seu dinheiro pode comprar.
No geral, as vendas de smartphones para o terceiro trimestre de 2020 mostraram um crescimento moderado, algo possivelmente resultante dos vários meses de lockdown onde muitos, pela incerteza dos cenários futuros, acabaram adiando suas compras.
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