03 Março 2021
Atualização (22/12/2020) - BB
Há alguns dias a fabricante de drones e acessórios DJI foi adicionada à lista de restrições comerciais dos Estados Unidos. O movimento aconteceu como uma “tendência” do governo estadunidense de bloquear ou banir empresas de origem chinesa que podem oferecer ameaças de algum tipo à segurança do país.
Agora, poucos dias depois de essa lista ser oficializada, a companhia asiática publicou uma nota no Twitter para se defender das acusações.
— DJI (@DJIGlobal) December 22, 2020
Na mensagem, a empresa explica que “não fez nada para justificar” sua inclusão na lista e destaca sua atuação no fornecimento de tecnologia aos seus consumidores. Confira a tradução da nota na íntegra:
A DJI não fez nada para justificar ser colocado na Lista de Entidades. Sempre focamos na construção de produtos que salvem vidas e beneficiem a sociedade. A DJI e seus funcionários continuam comprometidos em fornecer aos nossos clientes a tecnologia mais inovadora do setor. Estamos avaliando opções para garantir que nossos clientes, parceiros e fornecedores sejam tratados com justiça.
Vale lembrar que no último ano foi crescente a “caça” a empresas chinesas pelo governo norte-americano e uma das maiores vítimas de Donald Trump foi a Huawei, que perdeu diversos parceiros após pressão do presidente estadunidense.
Texto original (18/02/2020)
A guerra comercial entre o governo dos Estados Unidos e o da China continua a causar impactos em companhias chinesas e suas operações no país norte-americano. 2020 já foi um ano impactante para a Huawei, que perdeu vários parceiros comerciais ao redor do mundo por conta da pressão estadunidense e uma das últimas vítimas do governo de Donald Trump foi a fabricante de semicondutores SMIC, que sofreu algumas sanções e foi inserida na “lista negra de comércio” dos Estados Unidos.
Agora, outra empresa de origem chinesa, a fabricante de drones DJI, foi adicionada à lista. A inclusão foi feita hoje, 18 de dezembro, pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos e agora a empresa também está sujeita aos Regulamentos de Administração de Exportação (EAR), assim como a própria Huawei e a ZTE.
Com mais essa adição, a DJI – assim como outras empresas de origem chinesa – ficarão sujeitas a restrições comerciais dentro dos Estados Unidos ou com empresas estadunidenses. Apesar de já correr as informações há dias, como a inclusão da SMIC, por exemplo, a lista só foi oficialmente disponibilizada hoje às 11h15 do horário do leste – ou 13h30, em Brasília.
No entanto, até o momento não há informações se as lojas que revendem os produtos da DJI terão que remover os itens de suas prateleiras imediatamente, a partir do momento em que a lista foi oficializada no dia de hoje, ou se terão um prazo maior até que as restrições, por fim, comecem a valer e ser aplicadas.
Vale lembrar que não é apenas nos Estados Unidos que empresas chinesas começaram a ser caçadas, e o governo indiano já decretou o banimento de cerca de 260 aplicativos chineses das lojas de apps disponíveis no país asiático, entre eles o AliExpress, PUBG e alguns serviços da Xiaomi.
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