12 Julho 2021
Até o segundo semestre de 2020 a Huawei não parecia em boa situação para ir além do Kirin 9000, que foi cogitado por muitos nomes da indústria como o último SoC da chinesa em virtude dos diversos embargos que passou a sofrer após ter seu nome colocado na lista negra industrial dos Estados Unidos.
Chegou-se a cogitar que a TSMC não seria capaz de entregar o chipset em quantidade suficiente para a linha Mate 40, o que provocaria uma escassez do smartphone nas prateleiras. Isso não se confirmou, e parece que a Huawei tem chips sobrando para equipar até mesmo o P50 no próximo ano.
Uma notícia surpreendente que chega direto da China é que fontes de bastidores dão conta de que em breve a empresa iniciará a fabricação do Kirin 9010, que deverá ter processo de fabricação de 3 nanômetros.
Isso seria surpreendente por vários motivos, a começar pela capacidade da Huawei de seguir no mercado de SoCs mesmo enfraquecida pelas sanções e proibida de se aliar a tantas companhias para a fabricação de semicondutores. Para além disso, nenhuma das suas rivais, como Apple, Qualcomm e Samsung, está pretendendo trabalhar com 3 nanômetros nesse primeiro momento de 2021.
Qualcomm e Samsung, por exemplo, deverão anunciar publicamente chips com esse processo de fabricação mais para o final do ano, quando oficialização os próximos SoCs de alto desempenho Exynos e Snapdragon. A Apple, então, apesar de ter planos, segundo rumores, de anunciar seu processo de 3 nanômetros, só deverá equipar iPhones com esses semicondutores em 2022.
Seja como for, a Huawei poderá sair na frente quanto a esse anúncio e produção, mas seu primeiro dispositivo com esse chip também deverá ser lançado apenas no final do ano: o primeiro smartphone a trazer o Kirin 9010 poderá ser o próximo dispositivo Mate, oficializado, geralmente, entre novembro e dezembro.
Das principais vantagens de um chip de 3 nanômetros podemos ressaltar não apenas o menor espaço ocupado pelo SoC no corpo do produto, mas também a menor distância que a energia transita por dentro do hardware, melhorando assim a otimização de bateria.
E você, acredita que em 2021 a Huawei seguirá competitiva no mercado de chips? Conte para a gente nos comentários!
Comentários