Economia e mercado 30 Dez
Apesar de focadas nos EUA, as sanções do governo norte-americano à Huawei geraram uma onda de apreensão em todo o mundo, levando outros países a abolir a participação da gigante chinesa em muitos setores do mercado, em especial do 5G. Um desses países é a Suécia, casa de uma das maiores companhias de telecomunicação do mundo e rival da Huawei, a Ericsson.
Rivalidades à parte, parece que a Ericsson pretendia ajudar a Huawei a se manter no mercado sueco, conforme revela reportagem do site Bloomberg. Fontes da publicação revelaram que o CEO da Ericsson, Borje Ekholm, teria praticado lobby ao tentar influenciar o governo sueco a reverter o banimento da fabricante chinesa do país.
A publicação afirma que Ekholm estaria pressionando Anna Hallberg, ministra do comércio exterior, por meio de mensagens telefônicas para solicitar a revisão do banimento emitido pela Autoridade Postal e de Telecomunicações (PTS) da Suécia. Além de banir a Huawei, o órgão também exigiu que as operadoras de telefonia substituíssem os equipamentos da fabricante até janeiro de 2025.
Um porta-voz da Ericsson teria confirmado o contato de Ekholm com a ministra, o que torna a situação ainda mais delicada considerando que Anna Hallberg havia afirmado que não estaria em contato com o CEO, não teria encontrado o executivo para discutir o assunto e tampouco agiria para influenciar decisões de outras autoridades.
Caso comprovado, o lobby da Ericsson não teria intenção real de auxiliar sua grande rival, mas sim preservar a saúde de seus negócios na China. O país asiático representa cerca de 10% das vendas da empresa sueca, além de ser o berço de grande parte da produção da fabricante, e ameaçou aplicar sanções próprias caso a expulsão da Huawei não fosse revertida.
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