Muitos fãs da Apple aguardavam ansiosamente pelo próximo grande anuncio da empresa, agendado para esta semana. A gigante de Cupertino havia prometido uma grande novidade, porém, acabou decepcionando aqueles que esperavam um novo produto ou serviço.

Ao mesmo tempo, ela reforçou sua preocupação com o grande problema envolvendo o racismo estrutural nos EUA anunciando dois grandes projetos chamados Apple Racial Equity e Justice Initiative.

Como parte de um fundo de US$ 100 milhões, a empresa de Tim Cook anunciou esta quarta-feira (13) que apoiará o lançamento de uma nova inovação global e centro de aprendizagem para faculdades e universidades historicamente negras.

Além disso, ela também abrirá sua primeira Academia de Desenvolvedores para apoiar aqueles que querem aprender programação em Detroit, bem como contribuir com financiamento de capital para empreendimentos de pessoas negras e pequenos empresários.

Em comunicado oficial à imprensa, Tim Cook (CEO da Apple) disse:

Todos somos responsáveis ​​pelo trabalho urgente de construir um mundo mais justo e equitativo - e esses novos projetos enviam um sinal claro do compromisso duradouro da Apple.

Em seguida, o empresário complementou:

Estamos lançando as iniciativas mais recentes da REJI (Racial Equity e Justice Initiative) com parceiros em uma ampla gama de setores e experiências – de alunos a professores, desenvolvedores a empreendedores e de organizadores comunitários a defensores da justiça – trabalhando juntos para capacitar comunidades que vem sofrendo o impacto do racismo e da discriminação por muito tempo.

Estamos honrados em ajudar a concretizar essa visão e em corresponder nossas palavras e ações aos valores de igualdade e inclusão que sempre valorizamos na Apple.

Os esforços da Apple na luta contra o racismo e na busca pela justiça racial tiveram início em junho do ano passado e, desde então, a empresa tem trabalhado para aumentar seus esforços voltados às comunidades negras e minorias sociais.

Parte deles inclui um guia para pais e professores sobre como discutir raça e equidade na sala de aula ou ambiente doméstico, o que reforça a preocupação da maçã no quesito educação e apoio aos que sofrem por causa do racismo.

As doações feitas pela Apple para os projetos em questão serão enviadas a várias organizações, e US$ 25 milhões serão usados para criar o Propel Center, um Campus físico e virtual para auxiliar no apoio às faculdades e universidades historicamente negras.

Além do Propel Center, a Apple também vai abrir em Detroit a Apple Developer Academy, ainda em 2021, que deve oferecer um programa introdutório de 30 dias para desenvolvedores em potencial, bem como um programa acadêmico completo com duração de 10 meses a um ano.

As expectativas são de que a Academia receba pelo menos 1.000 alunos por ano. Mas não para por aí, a Apple também está investindo US$ 10 milhões no Harlem Capital (fundo de capital de risco em estágio inicial em Nova Iorque). Essa iniciativa dece apoiar investimentos em pelo menos 1.000 empresas com diversos fundadores pelos próximos vinte anos.

A gigante de Cupertino se comprometeu em investir US$ 25 milhões no Clear Vision Impact Fund, um fundo que fornece capital para empresas com foco em negócios geridos por minorias sociais.

Por último, mas não menos importante, Tim Cook também contribuirá com o King Center, um memorial vivo ao legado de Martin Luther King Jr que, a título de informação, foi um pastor batista e ativista político que se tornou a figura mais proeminente e líder do movimento dos direitos civis nos EUA de 1955 até 1968 (ano em que foi assassinado).