Sony e Microsoft já mergulharam na nona geração de consoles com seus PS5 e Xbox Series X e S. Mais do que nunca, os consoles estão relativamente próximos de PCs potentes, contando com CPUs AMD Zen 2, semelhantes à linha Ryzen 3000, e GPUs AMD RDNA 2, próximas da família Radeon RX 6000. Com a geração engrenando aos poucos, ambas as companhias têm enfrentado um sério problema: a escassez de componentes.

A alta demanda pelos videogames associada aos impactos da pandemia de COVID-19 fez com que os estoques de PlayStation e Xbox sofressem constantemente com limitações, sendo praticamente impossível encontrar qualquer um dos três consoles no mercado. A situação não deve melhorar tão cedo, considerando que a AMD, que fornece os chips para ambas as companhias, tem previsão de ampliar a produção apenas no segundo semestre de 2021.

Ainda assim, nem todas as notícias são ruins para Sony e Microsoft. Mesmo com a escassez, o PlayStation 5 e os Xbox Series X e S já foram capazes de superar seus antecessores, PS4 e Xbox One. Pelo menos é o que indica análise da agência Ampere Analisys, que divulgou nesta sexta-feira (12) dados coletados nos últimos 4 meses.

O PlayStation 4 havia vendido cerca de 4,2 milhões de unidades nos primeiros meses de seu lançamento, ocorrido em novembro de 2013. Em comparação, o PlayStation 5 já vendeu cerca de 4,5 milhões de unidades desde sua chegada em novembro de 2020. A expectativa é que esse número chegue aos 7,6 milhões até março, conforme projetado pela própria Sony, e que o PS5 supere o PS4 com o tempo.

Enquanto isso, o Xbox One havia vendido cerca de 2,9 milhões de unidades no mesmo período de tempo, sendo lançado junto ao rival em novembro de 2013. Agora, Xbox Series X e S atingiram o mesmo número com seu lançamento ocorrido em novembro de 2020. A agência destaca que a Microsoft atendeu a três vezes mais mercados com seu novo console, e espera-se que a nova geração supere com o tempo sua antecessora.

Os números impressionam, especialmente quando levamos em conta a falta de estoque que ambas as empresas vêm sofrendo. Também é consenso entre os analistas que esses valores seriam muito maiores, superando a geração passada, caso a pandemia não tivesse afetado as linhas de produção.