
Economia e mercado 29 Abr
29 de abril de 2021 93
Atualização (29/04/2021) por LL
Desde que a LG encerrou as atividades no setor de celulares ao nível global, diversas controvérsias rondam a fabricante. A empresa, que está sendo investigada pelo Procon-SP por apresentar incoerências que podem prejudicar consumidores da marca, fechou a fábrica localizada em Taubaté, em São Paulo, transferindo a produção de notebooks e monitores para Manaus.
Com isso, colaboradores afetados pela medida entraram em greve e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetau) insistiu que a empresa fosse estatizada. Mas hoje o movimento finalmente deu mais um passo rumo a uma conclusão.
Segundo o Sindmetau, a LG aprovou nesta quinta-feira (29) uma proposta de indenização de R$ 37,5 milhões pela demissão dos 700 funcionários da fábrica de Taubaté. A proposta é 46% superior ao valor de R$ 25,7 milhões oferecidos inicialmente.
Segundo o sindicato, o valor individual das indenizações vai de R$ 12 mil a R$ 73 mil, calculado com base no tempo de casa e salário de cada funcionário, além das verbas rescisórias legais. O acordo ainda contempla Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e extensão do plano médico até janeiro de 2022.
Com a aprovação da proposta, os trabalhadores das linhas de produção de smartphones, computadores e monitores encerraram a greve e voltaram ao trabalho. No entanto, ainda faltam informações com relação aos 430 funcionários terceirizados, que também estão parados.
Atualização (27/04/21) - EB
Já é de conhecimento geral que a LG está encerrando as suas operações com celulares em todo o mundo e isso inclui a recém-fechada fábrica localizada em São Paulo, que teve produção transferida para Manaus. Agora, após greves de funcionários, o sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindmetau) quer que a fábrica seja estatizada.
A estatização da fábrica atualmente está sendo defendida por funcionários, pelo Sindicato e deve abranger também os empregados das fornecedoras da LG no Brasil como a Sun Tec, a Blue Tech e a 3C, que participaram de uma reunião realizada na última segunda-feira (26) em Caçapava.
Essas empresas contabilizam 430 funcionários que estão em greve desde 6 de abril reivindicando que a empresa seja estatizada pelo governo e passe a ser controlada pelos seus funcionários, que continuariam produzindo os aparelhos da LG.
Em declaração, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região disse:
Possuímos a tecnologia, maquinário e o capital humano com capacitação técnica necessários para desenvolvermos celulares com marca nacional.
O objetivo é manter os empregos dos funcionários e fornecedores que são exclusivos da LG e seriam demitidos com o fechamento da fábrica e transferência da produção para Manaus.
A última proposta da LG que foi rejeitada pelos trabalhadores envolvia indenizações de R$ 9.350 a R$ 51 mil de acordo com o tempo de serviço de cada funcionário, além de participação nos lucros e plano médico até o fim de janeiro de 2022.
Parte das reclamações vem do fato que a LG afirma negociar apenas diretamente com os seus funcionários. Segundo a Sindmetau, até 700 trabalhadores podem ser demitidos caso a fábrica realmente encerre as suas operações em São Paulo.
Atualização (13/04/21) - JB
Funcionários da fábrica da LG em Taubaté (SP) iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), o movimento foi aprovado em assembleia geral após a rejeição de uma proposta de indenização pelo encerramento da produção na cidade.
Os trabalhadores não aceitaram o plano de desligamento da LG. Ele prevê extensões de planos médicos, indenização de acordo com o tempo de casa, qualificação profissional, entre outros.
Ao todo, cerca de 700 trabalhadores dos setores de celulares e IT (notebooks e monitores) da LG estão parados. Além disso, mais três fábricas que produzem componentes para a empresa também decidiram entrar em greve hoje (13).
Com a saída da LG de SP, 430 funcionários da Blue Tech, 3C e Sun Tech estão ameaçados de demissão. Essas empresas são fornecedoras exclusivas da sul-coreana.
O sindicato também entrou com representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para apresentar denúncia contra a LG. Isso porque a empresa está promovendo uma demissão coletiva em meio a pandemia da Covid-19.
Caso se esgotem as possibilidades de permanência das fábricas na região, a luta será para garantir que todos benefícios pagos aos trabalhadores da LG sejam estendidos às funcionárias da Blue Tech, Sun Tech e 3C — disse o sindicato em nota.
Por enquanto, a LG não se manifestou sobre o assunto.
Atualização (07/04/21) - JB
Após realizar reunião com a direção da LG Brasil, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindmetau) confirmou que a empresa deve fechar a sua fábrica em São Paulo e transferir a produção de notebooks e monitores para Manaus (AM).
De acordo com o presidente do Sindmetau, Claudio Batista, a LG explicou que a mudança para a capital do Amazonas será feita com o objetivo de alcançar incentivos fiscais e isenções tarifárias que não são oferecidas em São Paulo.
A LG posicionou que é única e exclusivamente por conta dessa questão do ICMS. Por conta de não ter incentivos no estado de São Paulo, e em Manaus ter os incentivos — disse Cláudio.
Batista ainda confirmou que a transferência de produção deve afetar cerca de 700 trabalhadores em São Paulo (400 do setor de smartphones e 300 da linha de monitores e notebooks). O único departamento que será mantido em Taubaté será o de call center/service, que conta com mais 300 funcionários.
O Sindmetau agora deve iniciar uma série de tratativas com a LG em busca de definir planos de saída para os funcionários. Isso envolve plano médico, participação nos lucros e resultados (PLR), indenização social, qualificação profissional, assistência sindical por 24 meses e condições para instáveis e gestantes. Após o acerto, a decisão será levada para uma assembleia de trabalhadores.
Vamos tentar construir um acordo para que possa ser apresentado para deliberação dos trabalhadores. Todas as questões estarão em negociação a partir de agora. Estudaremos quais as alternativas possíveis para serem aplicadas neste caso.
Na reunião, a LG ainda disse que há a possibilidade de realocação de alguns trabalhadores em Manaus, mas a companhia não apontou a quantidade. De toda forma, o possível desligamento de 700 funcionários é mais um impacto negativo na região de Taubaté, que já foi afetada pela saída da Ford do Brasil.
Texto original (06/04/21)
A LG anunciou nesta semana o encerramento das suas operações no mercado global de smartphones. A medida também deve afetar a fábrica brasileira da empresa e isso fez com que os funcionários entrassem em "estado de greve".
A fábrica de Taubaté (SP) tem um quadro de 1.000 trabalhadores, sendo que 400 deles podem ser afetados pela decisão da LG.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), as negociações com a fabricante sul-coreana começaram na última terça-feira (30). No entanto, a empresa ainda não deu uma posição definitiva sobre o futuro dos funcionários que atuavam no departamento de smartphones.
Comentando o assunto, o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, disse que a LG tem prazo para apresentar uma proposta para seus funcionários.
Os representantes da empresa nos mostraram três cenários: a possibilidade de fechamento, reestruturação e venda do setor. Nossas negociações seguem para amparar os trabalhadores em qualquer um desses cenários.
O prazo se encerra nesta sexta-feira (9), sendo que a resposta pode ser antecipada. Isso porque uma nova reunião entre a direção da LG e o sindicato foi agendada para acontecer ainda hoje (6).
Cabe lembrar que a previsão da fabricante é encerrar completamente a sua divisão de celulares em 31 de julho. Mesmo assim, a companhia promete manter o suporte de atualizações de software para seus aparelhos atuais.
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