Economia e mercado 15 Abr
Dos primórdios da globalização até a pandemia de coronavírus, a rede mundial cresceu sua base de usuários exponencialmente ao longo dos anos. Um estudo promovido pelo Hootsuite em parceria com a agência We Are Social apontou que aproximadamente 4,7 bilhões de pessoas estão conectadas à internet atualmente, número representado pela proporção de 6 em cada 10 pessoas que acessam a rede através de um computador, tablet ou smartphone.
Com estimados 7,85 bilhões de pessoas habitando o planeta utilizado como parâmetro, a base de usuários da internet cresceu 7,6% no intervalo de um ano, enquanto o número global de habitantes acresceu menos de 1% em sua soma, apontando uma rápida expansão da rede mundial ao redor do mundo.
O mapa acima aponta a percentagem de adoção da internet de cada região do planeta. Dele, é possível extrair que o continente europeu possui a maior cobertura de rede, enquanto países das regiões central e sul da Ásia ainda enfrentam dificuldades nessa adesão, que é quase tão baixa quanto a cobertura de áreas centrais da África, onde 3 em cada 4 pessoas permanecem desconectadas.
O estudo também destaca como as redes sociais superaram o equivalente à metade da população mundial em base de usuários, contando atualmente com 4,33 bilhões de usuários, uma parcela massiva de todas as pessoas conectadas à rede. A China, por si, agregou 85 milhões de novos usuários de redes sociais nos últimos 12 meses; Índia, Indonésia e Brasil também foram destacados como grandes propulsores desse crescimento.
Os dados mais recentes sugerem que as redes sociais contabilizem um aumento médio de mais de 900 mil novos usuários por dia, isto é, 10 novos usuários a cada segundo. A análise em questão sugere que 500 milhões de novos usuários foram cadastrados nas redes sociais, representando um crescimento de cerca de 14% ao ano.
Na questão do favoritismo, a pesquisa também envolveu uma série de perguntas a milhares de participantes entre 18 e 64 anos ao redor do mundo — excetuando a China, visto que a principal rede do país é o Weibo — que relataram as redes sociais mais utilizadas numa frequência diária.
Ao nível global, o WhatsApp Messenger foi campeão nesse quesito — 24,1% dos internautas apontaram o mensageiro como seu aplicativo favorito, seguido do Facebook (21,8%) e Instagram (18,4%). Com isso, conclui-se que as redes sociais de Mark Zuckerberg são dominantes no mercado de redes sociais, contando com uso frequente de mais de 61% das pessoas conectadas.
O TikTok estar entre os apps menos populares, como Twitter e Facebook Messenger, pode se explicar devido ao público exclusivamente maior de idade da pesquisa, enquanto a esmagadora maioria dos usuários da rede social de Zhang Yiming se encontra abaixo da faixa dos 24 anos. Confira o gráfico abaixo, que ranqueia as redes sociais das mais queridas às menos consideradas.
Ainda, o Hootsuite e We Are Social questionaram as principais funções das redes sociais para o público. Dos usuários, quase metade consideram que "manter contato com amigos e familiares" é a utilidade primordial das mídias, enquanto uma grande parcela também considera o uso para manter-se atualizado com notícias (36,1%) ou por puro entretenimento (31,5%).
A quantidade de usuários ativos em cada rede social muito difere do gráfico anterior. Apesar de o Facebook manter sua liderança aparentemente intocável, o YouTube se mantém firme como a segunda maior plataforma social do mundo, contando com 2,29 bilhões de usuários ativos. Com a China sendo incluída nessa área da pesquisa, alguns de seus apps mais populares figuram entre os 18 mais usados.
Além o Weibo, o WeChat figura na 6ª posição com 1,22 bilhões de usuários. Confira:
Os analistas fazem ressalvas para um grande crescimento do público do ramo de publicidade nos últimos anos, com Instagram, Snapchat e Twitter liderando em crescimento.
Além das redes sociais, frente à falsa percepção de que o correio eletrônico está caindo em desuso, o estudo apontou que 4 em cada 5 pessoas ainda utilizam serviços de e-mail, onde o Brasil se encontra na 6ª posição entre os países que mais utilizaram a ferramenta no último mês, representando 91,5% dos internautas.
Esses dados foram coletados para integrarem um grande banco de dados que os pesquisadores mantêm, atualizando as informações gerais trimestralmente para que o processo evolutivo da relação entre o homem e o software seja detalhado em diferentes perfis para diferentes aplicações.
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