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Carros elétricos perdem popularidade devido à baixa autonomia da bateria

04 de maio de 2021 9

O mercado emergente dos carros elétricos é uma das maiores oportunidades de promover um melhor relacionamento do ser humano com o meio ambiente. Segundo dados da CETESB, os veículos movidos a gasolina são responsáveis por 72,6% da emissão de gases que causam o efeito estufa, propulsor do aquecimento global.

A migração para os veículos eco-friendly é crescente, porém inconsistente. De acordo com uma nova pesquisa de Scott Hardman e Gil Tal, na Universidade da Califórnia, uma em cada cinco pessoas voltaram para o carro tradicional após adquirirem um carro elétrico entre os anos de 2012 e 2018.

Um dos principais entraves para o avanço dos elétricos no mercado é a autonomia baixa.

Os carros elétricos plug-in (PEVs) são aposentados de maneira precoce devido ao seu suporte restrito. Enquanto veículos movidos a combustível podem ser abastecidos em um vasto gama de postos de gasolina, a presença dos postos de recarga elétricos é notavelmente inferior, salvo em alguns países.

Nos Estados Unidos, o padrão para as tomadas elétricas domiciliares é a tensão de 120 volts (nível 1), enquanto os carros elétricos devem, necessariamente, ser alimentados em uma corrente de nível 2, ou seja, 240 volts. Dado, 70% dos proprietários não tinham acesso ao padrão maior e acabavam por ter um veículo praticamente inutilizável.

Outro problema relatado pelos entrevistados é o tempo de recarga. A título de comparação, abastecer um carro movido a gasolina leva alguns minutos e dá uma autonomia de centenas de quilômetros, enquanto alguns minutos de recarga elétrica da bateria de um PEV conferem poucas dezenas de quilômetros.

É fato que essa comparação usa como parâmetro um veículo elétrico mais próximo de acessível que um topo de linha da Tesla, que custa em torno de R$ 400 mil no exterior e promete maior autonomia de 335 milhas (540 quilômetros). Os pesquisadores alertam que o desempenho inferior em carros mais acessíveis pode dificultar o crescimento no mercado.

Não se deve supor que, uma vez que um consumidor compre um PEV, ele continuará possuindo um. O que está claro é que isso pode retardar o crescimento do mercado de PEV e dificultar a 100% das vendas de PEV.

Scott Hardman

Mesmo as empresas mais renomadas vêm enfrentando dificuldades no mercado de elétricos — a própria Tesla, que recentemente ingressou no mercado brasileiro com carros por assinatura, só pode obter um lucro considerável com a venda de vouchers para abastecimento.

Com isso, é de se esperar que as novas tecnologias envolvendo armazenamento de energia e rápido abastecimento sejam pioneiramente adotadas pelas fabricantes de veículos para que seu catálogo de elétricos seja lucrativo.

O que você acha desse mercado? Tem potencial no Brasil? Conte sua opinião nos comentários!


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