Segurança 14 Jun
A crise global de semicondutores tem afetado significativamente a indústria: a Toyota já reduziu a sua produção em 40% e a Apple já está se preparando para a alta demanda do iPhone 13. Mas se você estava esperando que essa situação mudasse em 2022, um relatório do Business Insider indica que a crise pode continuar até 2023 com a escassez de chips persistindo até lá.
O relatório justifica que o fornecimento de processadores continua muito limitado em comparação com a situação pré-pandemia, além disso o preço dos semicondutores subiu, levando muitas fabricantes a rever seus projetos para reduzir a demanda destes componentes.
Apesar disso, Richard Barnett, diretor de marketing da Supplyframe, afirmou o seguinte sobre a crise mundial de hardware:
Nenhum desses movimentos é suficiente para evitar completamente o impacto que está afetando a todos e continuará afetando a todos.
Barnett ainda diz que, apesar das medidas tomadas pelas grandes empresas, não há uma forma de evitar este problema definitivamente no momento. A escassez de chips chegará em ondas que persistirão pelo menos até 2023, com aumentos gradativos nos preços de eletrônicos neste períodos, começando pelo anunciado pela TSMC há alguns dias.
A Supplyframe ainda cita 3 fatores que tornam a crise ainda mais complexa de se superar:
- A demanda de produtos que aumentou significativamente por conta da pandemia e muitas pessoas optando pelo home office;
- Ciclo de produtos: que engloba o lançamento de novos eletrônicos todo ano com maior frequência;
- Prioridade de fornecimento: onde fornecedoras como TSMC, Intel e outras que estão cada vez mais disputadas pelas fabricantes como Apple e Samsung para fornecer produtos aos revendedores e a população.
Barnett afirma que a pandemia de coronavírus também teve seu papel ao complicar a situação, mas a aceleração no ciclo de produtos gera uma demanda ainda maior, exigindo ainda mais dos fornecedores, criando um ciclo que causa esta crise.
As previsões relatadas pela Supplyframe combinam com o dito pelo CEO da Intel, que também afirmou que o fornecimento de chips continuaria escasso por pelo menos alguns anos.
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