Samsung 25 Out
O tribunal do distrito central de Seul, na Coreia do Sul, condenou nesta terça-feira (26) o herdeiro e vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, por consumo ilegal do anestésico médico propofol. O executivo foi multado em US$ 60 mil, cerca de R$ 330 mil.
O propofol é um anestésico médico, mas também é usado para fins recreativos, algo que os médicos não recomendam. Inclusive, vale lembrar que uma overdose da droga foi descrita como a causa da morte do popstar Michael Jackson, em 2009.
O consumo de drogas é visto como um crime menor pela Justiça da Coreia do Sul e os promotores pediram uma multa de cerca de US$ 40 mil para o bilionário, mas o juiz do caso foi mais duro em sua sentença.
"A quantidade injetada é muito alta e a natureza do crime cometido não é leve, considerando a responsabilidade social do réu. Adote um comportamento exemplar, que não envergonhe seus filhos", afirmou o juiz Jang Young-chae.
De acordo com informações da agência France Presse, Lee Jae-yong permaneceu em silêncio ao entrar no tribunal e evitou falar com os jornalistas sobre o caso.
Há algumas semanas, no início de seu julgamento, o executivo da Samsung pediu desculpas "por causar tantos problemas e preocupações devido a um assunto pessoal", mas insistiu em que a injeção de propofol era "para fins médicos".
Jae-yong é dono da 238ª maior fortuna do planeta, segundo o levantamento da revista Forbes. A multa aplicada nesse caso equivale a algo entorno de 0,0006% do seu patrimônio, que é estimado em US$ 10,2 bilhões (R$ 56,6 bilhões).
O empresário de 53 anos já foi condenado a dois anos e meio de prisão por suborno e outros crimes relacionados ao caso de corrupção que derrubou a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye. Lee foi colocado em liberdade condicional há dois meses.
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