Oficializado no final do último mês de maio, o Galaxy Tab A7 Lite chegou ao Brasil sob a proposta de trazer um acabamento visto em aparelhos premium para um tablet de entrada. Mas será que a nova proposta da Samsung tem o que é suficiente para esmagar a concorrência? É isso que você confere a seguir na nossa análise completa!

Comercializado em uma caixa branca, acompanhado apenas do seu carregador, manual e ferramenta de remoção do SIM, o Tab A7 Lite traz consigo um acabamento premium, com corpo compacto que mescla metal e plástico, com 8 mm de espessura, pesando 371 gramas.

Com bordas bem-acabadas e sem aparas, o visual do aparelho é bastante sóbrio e minimalista. Na parte traseira, dois tons de cinza, o logotipo da Samsung e a câmera de 8 Megapixels. Nas laterais, botões de liga/desliga, volume e gaveta para chip e cartão microSD.

Na parte inferior, microfone, porta USB Tipo-C, entrada para fone de ouvido e o primeiro dos alto-falantes. Por fim, na parte superior, o segundo alto-falante; responsável por garantir a reprodução em modo estéreo.

Da escolha do material ao design adotado, acreditamos que a empresa tomou decisões assertivas, e a impressão é que estamos lidando, de fato, com um dispositivo premium – apesar do preço. O tablet traz um aspecto agradável, com boa pegada para duas mãos, e a sua robustez é perceptível ao toque. Ou seja, ponto positivo para a Samsung.

Achou que não falaríamos da parte frontal? Achou errado! Aqui, temos a primeira dica de que não estamos tratando de um dispositivo topo de linha. Apesar de passar uma impressão de qualidade, com bordas finas (para um tablet), a tela do Tab A7 Lite é de tecnologia TFT; ou seja, nada de pretos verdadeiramente pretos ou cores vibrantes!

Na verdade, o display de 8,7 polegadas traz cores bem lavadas – sem a possibilidade de ajuste no sistema – em uma resolução de 800 x 1340 pixels, o que resulta em uma densidade de apenas 179 ppi. Pelo menos os níveis de brilho são bons e a experiência de consumir conteúdo nessa tela é satisfatória tanto sob a incidência de luz direta, quanto em um quarto escuro.

Sobre o som, uma surpresa agradável! Além de possuir a queridinha entrada P2 para fones de ouvido, como citado, o tablet da Samsung traz dois alto-falantes localizados nas suas extremidades, o que possibilita a reprodução de áudio em modo estéreo.

Os alto-falantes embutidos, sob o modo padrão, não imprimem muita presença, o que pode ser mais bem percebido na reprodução de músicas. No entanto, esse ponto é minimizado pela presença do suporte ao Dolby Atmos, que ao ser ativado, imprime ganho em algumas frequências e torna a reprodução mais agradável.

De qualquer forma, não notamos nenhuma distorção nem mesmo nos maiores volumes e a altura é suficiente para possibilitar que o usuário possa curtir sua série, filme ou faixa musical em um ambiente mais ou menos silencioso sem a necessidade de um fone de ouvido.

Equipado com um Mediatek Helio P22T, o desempenho do A7 Lite é bastante aceitável. Na unidade que temos em mãos, que conta com 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento interno, notamos que o sistema não corre com a mesma fluidez vista em aparelhos topo de linha, mas em nenhum momento percebemos travamentos, apesar de por vezes notarmos uma certa queda na performance.

Sobre o desempenho em jogos, nenhuma surpresa. O chipset embutido no tablet foi capaz de oferecer uma experiência mediana nos títulos testados. Em PUBG, por exemplo, não foi possível definir uma configuração de gráficos maior do que a média sem abrir mão de uma experiência aceitável, sem travamentos ou lags.

A versão do Android é a 11 e o sistema roda sob a One UI Core 3.1, que figura em boa parte dos aparelhos da gigante sul-coreana. Logo, como acontece em outros dispositivos, temos uma boa quantidade de aplicativos pré-instalados, sejam os já rotineiros do Google, sejam os extras – e por vezes redundantes – da Samsung.

Mas não para por aí! O Tab A7 Lite ainda conta com o modo Samsung Kids, que pode ser ativado através da barra de acesso rápido do Android. O recurso busca, aparentemente, trazer uma proposta similar ao Google Kids.

No entanto, em nossa experiência, notamos que diferente da plataforma do Google, os recursos apresentados são bastante limitados, uma vez que não há uma curadoria extensa de aplicativos e jogos, e nem a possibilidade de instalar o YouTube Kids, por exemplo.

Dono de uma bateria de 5.100 mAh, o carregamento do A7 Lite é lento se comparado a alguns smartphones mais avançados com mesma capacidade, mas ainda aceitável se comparado a outros tablets de entrada, demorando pouco mais de 2:30 para ir de 0 a 100%.

Sobre sua autonomia, um resultado não tão satisfatório: em nossos testes, o dispositivo foi capaz de se manter longe das tomadas por, em média, 8 horas em uso ininterrupto, mas a maior parte do problema ficou para o consumo em standby, quando notamos uma queda nos níveis de bateria acima do normal, chegando a 25% após 8 horas de descanso, sem uso.

Contando com um conjunto de duas câmeras, uma de 8 megapixels na parte traseira e uma de 2 megapixels na parte frontal, ambas sem flash LED, as imagens e vídeos capturados pelo A7 Lite são apenas OK, rivalizando – e em ambientes com boa iluminação – com os sensores embutidos em smartphones de entrada.

O conjunto é capaz de capturar vídeos em FullHD (1920x1080 megapixels) a uma taxa de 30 quadros por segundo e pode suprir de forma satisfatória a necessidade de realizar uma chamada de vídeo, já que a qualidade entregue ainda consegue ser superior ao que vemos em alguns notebooks.

A dupla de câmeras pode ser útil, realmente, apenas para fazer registros básicos e sem muita importância, já que além de sofrer pela ausência de um flash LED, também podem deixar a desejar em definição.

Ofertado por R$ 1.200 no dia do seu lançamento aqui no Brasil, o preço do Tab A7 Lite não enfrentou quase nenhuma oscilação, já que para a versão que temos em mãos, o valor mais baixo continua rondando na casa dos R$ 1.099.

Com esse preço, fica difícil indicar o tablet, já que o próprio A7 “normal”, que tem tela maior e mais processamento – mantendo a conexão 4G, pode ser encontrado por menos de R$ 300 a mais; transformando-o numa opção muito melhor para a grande maioria dos casos.

De qualquer forma, para quem procura um tablet de acabamento que se aproxima do premium e não abre mão do tamanho compacto, o A7 Lite é bom o suficiente para navegar na internet, assistir vídeos ou até jogar alguns jogos mais casuais, tudo sem muita pretensão. Ou seja, um bom parceiro para quem gostaria de um ter dispositivo com a tela algumas poucas polegadas maior que a do smartphone em seu local de estudo ou trabalho.

Confira a seguir alguns pontos que levantamos sobre o tablet da Samsung.

Prós e contras

Mas é isso, se para você os pontos fortes do Tab A7 Lite sobrepõem os fracos dentro da sua expectativa de uso, como já é de costume, separamos nos cartões abaixo algumas das melhores ofertas para o tablet da Samsung dentro do varejo nacional. Ah, e antes que eu esqueça, não deixe de nos contar aqui nos comentários qual a sua opinião sobre o tablet da Samsung!