Segurança 06 Jun
Atualização (18/06/2022) por LL
O Bitcoin vem passando por um período de má sorte nos últimos meses, e tudo indica que a situação pode piorar. Depois de cair 21% em três dias, a principal criptomoeda do mundo despencou novamente e chegou a ser comercializada por menos de US$ 19 mil neste sábado (18).
Neste momento, o Bitcoin está custando pouco mais de US$ 19 mil, de acordo com dados do CoinDesk. O valor corresponde a uma queda de 7.94% em 24 horas, e é o menor preço no histórico do criptoativo desde meados de 2020.
Especialistas indicam que há um derretimento mais amplo do mercado de criptomoedas sendo impulsionado pelo aumento das taxas de juros, inflação e incerteza econômica estimulada pela guerra na Ucrânia.
A queda também foi acelerada nas últimas semanas pelo colapso de dois grandes projetos de moedas criptográficas, Terra-Luna e Celsius, semeando dúvidas sobre a estabilidade do mercado global de criptoativos.
De março de 2020 a novembro de 2021, o preço de uma única Bitcoin subiu doze vezes para US$ 64.000. Desde esse pico, a moeda digital perdeu cerca de US$ 900 bilhões em valor.
As vendas drásticas mostram como os mercados criptográficos se tornaram interligados e complexos nos últimos anos, disse R.A. Farrokhnia, professor da Columbia Business School especializado em tecnologia financeira, em entrevista ao The New York Times. Como os investidores fogem para ativos menos arriscados, "isto cria um efeito em cascata sobre o efeito de contágio", afirmou ele. Há uma alta taxa de volatilidade.
O Bitcoin foi projetado para transformar a maneira como as pessoas fazem transações. A moeda digital depende de uma rede descentralizada de computadores que registram cada transação em um registro permanente conhecido como uma cadeia de bloqueio. O registro não pode ser alterado ou controlado por ninguém, incluindo os governos.
Atualização (13/06/2022) - por DT
Bitcoin cai 21% em três dias e fica abaixo de US$ 24 mil, o menor valor em 18 meses
O Bitcoin (BTC) está sendo negociado, na tarde desta segunda-feira (13), abaixo dos US$ 24 mil, o menor valor em 18 meses, após uma queda de 21% em apenas três dias. A criptomoeda estava sendo avaliada em cerca de US$ 30 mil na última sexta-feira (10).
A moeda virtual chegou a operar a US$ 23,675 nesta segunda. O valor do Bitcoin caiu 65% desde que atingiu o máximo histórico em novembro de 2021. Vale lembrar também que em 2022 a criptomoeda teve o seu pior início de ano desde 2012.
Analistas do mercado apontam que os temores de um forte aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e de uma recessão que afetam as Bolsas ao redor do mundo após a inflação americana subir mais do que o previsto influenciaram essa queda.
O valor total investido em criptomoedas caiu abaixo de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde fevereiro de 2021. Entretanto, os analistas acreditam que o BTC vai passar facilmente por essa crise e deve continuar como o ativo digital mais valioso do mercado virtual.
Essa queda também puxou junto todo o mercado de ativos digitais. Nos últimos três dias, o Ethereum (ETH) caiu de US$ 1.700 para US$ 1.198 nesta segunda. A moeda também atingiu o valor de US$ 4.878 em novembro de 2021, quando o BTC estava na alta histórica.
Texto original (11/01/2022)
Bitcoin tem pior início de ano desde 2012 e deve passar por mais quedas significativas
A criptomoeda mais popular do mundo está passando pelo seu pior começo de ano desde 2012. O Bitcoin recentemente afundou em até 6%, colocando-o brevemente abaixo da marca de US$ 40.000 (US$ 39.774). Isso representa uma queda de 40% em comparação com sua alta histórica de mais de US$ 66.000, que foi seguida por um novo recuo.
A partir do início da tarde da última segunda-feira (10), o ativo digital estava pairando em torno de US$ 41.320 em valor. O inevitável ciclo de expansão e quebra do Bitcoin tem preocupado os especialistas novamente.
Jay Hatfield, CEO da Infrastructure Capital Advisors, sugere que a moeda pode terminar 2022 abaixo dos US$ 20.000. Já Fiona Cincotta, analista sênior de mercados financeiros do City Index, disse à Bloomberg:
[O Bitcoin] teve um início bastante chocante até 2022. Há muita coisa acontecendo Sabemos que o Bitcoin é volátil, mas mesmo assim estamos vendo alguns movimentos realmente grandes.
Outras criptomoedas como o Dogecoin, cujo valor é baseado quase que inteiramente em ciclo de notícias e mídia social, também caíram. O Dogecoin, que atingiu um pico de 74 centavos em maio, ficou em torno de 14 centavos no início da tarde da última segunda-feira.
O Bitcoin parece estar se aproximando de uma situação chamada "cruz da morte", que é quando a média móvel de 50 dias se reduz abaixo de seu equivalente a 200 dias. Porém, a cruz de morte não é um indicador tão confiável, visto que desde outubro de 2019 o ativo digital já a encontrou pelo menos três vezes. Em cada caso, o valor da criptomoeda se recuperou rapidamente depois.
Um dos fatores para a queda pareceu ser a instabilidade de mineração no Cazaquistão, onde nos últimos dias as forças de segurança reprimiram manifestantes indignados com o aumento dos custos de energia e o governo do presidente Kassym-Jomart Tokayev.
Mais de 160 mortes e 8.000 prisões foram relatadas após tropas abrirem fogo com munição viva em Almaty, quando Tokayev ordenou às forças de segurança que atirassem sem aviso prévio em um discurso público.
A tentativa de eliminar a manifestação acarretou em um apagão generalizado na internet, cortando as instalações de mineração sediadas no Cazaquistão da rede global. Cerca de um quinto dos processamentos do Bitcoin está baseado lá. As operações foram seriamente interrompidas de 5 a 6 de janeiro.
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