Rumores 24 Jun
Atualização (25/06/2022) - por DT
A Intel adiou a cerimônia de início das obras da unidade de fundição massiva que promete ser a maior fábrica de semicondutores do mundo. Incialmente, o evento estava marcado para o dia 22 de julho e ainda não possui uma nova data.
De acordo com informações levantadas pelos jornais The Washington Post e The Wall Street Journal, o motivo para o adiamento da cerimônia foi a falta da certeza dos subsídios do governos dos Estados Unidos por meio da chamada Lei CHIPS.
A Lei CHIPS reserva US$ 52 bilhões em financiamento para empresas de semicondutores, incluindo a Intel, para promover a fabricação de chips nos EUA. O projeto já passou por aprovações na Câmara e Senado, mas aguarda a finalização do trâmite.
A empresa destacou que depende fortemente do financiamento da Lei CHIPS para iniciar a construção das suas instalações. O adiamento da cerimônia de início das obras também é uma forma de tentar pressionar o governo para acelerar a aprovação do projeto.
A fábrica em questão foi anunciada pela empresa no início deste ano. O projeto foi orçado em US$ 20 bilhões para construir duas unidades de fundição massiva de semicondutores localizadas na cidade de New Albany, em Ohio, no centro-oeste dos EUA.
Embora a Intel tenha adiado sua cerimônia de lançamento, o porta-voz da companhia, William Moss, afirmou a empresa não adiou os planos de início das obras. A construção ainda está programada para começar no final de 2022, com a produção iniciando em 2025.
Texto original (21/01/2022)
CEO da Intel anuncia investimento bilionário para construção da "maior fábrica de chips do mundo"
A Intel está investindo agressivamente na instalação de novas fábricas para a produção de chips. Em entrevista à Time, Pat Gelsinger, CEO da Intel, anunciou a construção de uma unidade de fundição massiva que promete ser a maior fábrica de semicondutores do mundo.
Segundo o executivo, a companhia investiu um total de US$ 20 bilhões para construir a fábrica no estado de Ohio, Estados Unidos. A aplicação é uma resposta à sua queda no mercado global de semicondutores, cujo posto mais respeitável foi perdido à Samsung em agosto de 2021.
A área útil adquirida pela empresa é de mil acres, isto é, mais de 4 km², e abrigará duas instalações de pesquisa, desenvolvimento e fabricação de semicondutores. Futuramente, o executivo planeja expandir para 8 km² abrigando 8 instalações. A líder do mercado de processadores espera gerar pelo menos 3 mil empregos.
Além do investimento bilionário inicial, a gigante californiana planeja aplicar US$ 10 milhões anualmente para o desenvolvimento da Intel Ohio Semiconductor Center for Innovation, como é chamada. Parte dessa quantia será destinada à capacitação de profissionais do ramo em parceria com a Universidade de Ohio.
Nossa expectativa é que este se torne o maior local de fabricação em silício do planeta
Pat Gelsinger
CEO da Intel
A iniciativa deve contribuir para que os Estados Unidos recupere sua participação no mercado global de semicondutores, que atualmente é estimada em apenas 12% com a ascensão das fábricas chinesas. Em 1990, a potência econômica ocidental detinha 37% da fatia.
Gelsinger é parte de um grupo de executivos — incluindo membros da AMD e NVIDIA — que pressionam o governo norte-americano a subsidiar a produção proprietária de semicondutores, porém ainda sem sucesso. Em contrapartida, Ohio está cedendo incentivos fiscais e um aporte de US$ 1 bilhão para o desenvolvimento da planta industrial.
A crise global ocasionada pela pandemia de coronavírus é um fator que leva à ambição de várias fabricantes de hardware, embora as previsões para a recuperação desse mercado ainda não sejam otimistas e os preços dos componentes seguem inflados.
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