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Atualização (15/03/22) - JB
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, o governo da Rússia ameaçou iniciar o processo de nacionalização da Microsoft e de outras gigantes da tecnologia que deixaram o país recentemente. O aviso foi transmitido pela mídia estatal russa.
Entre as empresas que também podem ser nacionalizadas estão grandes companhias com sede nos Estados Unidos: Apple, IBM, Coca-Cola, McDonald's, Goldman Sachs e outras.
Precisamos agir de forma decisiva com aquelas [empresas] que vão encerrar sua produção. É preciso, então... introduzir uma gestão externa e depois transferir esses empreendimentos para quem quiser trabalhar - disse Vladimir Putin.
A legislação que permite ao governo russo assumir companhias estrangeiras foi aprovada rapidamente no parlamento local. Comentando o assunto, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin foi direto:
Se os proprietários estrangeiros fecharem a empresa sem razão, então, nesses casos, o governo propõe a introdução de administração externa. Dependendo da decisão do proprietário, isso determinará o destino da empresa
Inicialmente, um total de 59 empresas estrangeiras podem ser nacionalizadas, mas ainda não está claro como o governo russo irá operar essas companhias, principalmente aquelas que trabalham com software.
Paralelo ao anúncio da nacionalização, a Rússia emitiu uma nova sanção que proíbe a exportação de diversos produtos para países do ocidente.
Até o momento, a gigante de Redmond não se manifestou sobre o assunto.
Texto original (04/03/22)
A Microsoft confirmou na manhã desta sexta-feira (04) que suspenderá a venda de seus produtos e serviços na Rússia. Brad Smith, presidente da big tech, afirma que todos da equipe estão “horrorizados, irritados e tristes com as imagens e notícias vindas da guerra na Ucrânia” e condena a invasão “ilegal e injustificável” das tropas russas.
O executivo afirma que a gigante norte-americana está trabalhando com as autoridades de várias regiões do mundo para “interromper vários aspectos de seus negócios na Rússia”, incluindo a disponibilidade de software e dispositivos fundamentais, embora maiores detalhes sobre essas sanções não sejam divulgados até o momento.
O conflito geopolítico gera resposta de várias empresas tecnológicas norte-americanas — tais como Intel, AMD, Apple e Google — em correspondência às sanções comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos, mirando diretamente a indústria russa.
A Microsoft, previamente, apoiou o combate aos ataques cibernéticos à Ucrânia, e afirma que essa é sua a área de maior contribuição durante a guerra. “Agimos contra o posicionamento da Rússia em mais de vinte ataques aos setores governamentais, tecnológicos e financeiros da Ucrânia”, comenta o presidente no blog oficial da empresa.
A guerra impacta diretamente no mundo da tecnologia e pode agravar um cenário pouco favorável de escassez de semicondutores, além de erguer à luz diversas questões sobre compartilhamento de notícias falsas. A Counterpoint prevê que o mercado russo de celulares irá “derreter”, fazendo com outros países avancem em um parâmetro global.
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