A Universidade de Oxford, na Inglaterra, desenvolveu em parceria com o WZB Berlin Social Science Centre o projeto "Fairwork" em mais de 27 país, incluindo o Brasil. O estudo foca em avaliar por meio de pontos as condições de trabalho oferecidas por diversas plataformas de aplicativo aos seus colaboradores

Conforme consta no relatório, a pontuação vai de 0 a 10 e avalia cinco categorias consideradas essenciais para condições justas de trabalho, sendo: remuneração, condições de trabalho, contratos, gestão e representação, pontos abordados igualmente pelo levantamento sobre todas as empresas avaliadas — Uber, iFood, 99, Rappi, UberEats e GetNinjas.

No geral, a nota máxima obtida pelas plataformas foi 2 para o iFood e 99, empresas que conseguiram pontuar em alguns cenários, mas que segundo o estudo, ainda estão longe de oferecer boas condições de trabalho aos seus funcionários autônomos, categoria que há anos vem exigindo melhorias nas condições de trabalho.

Com exceção dos dois aplicativos mencionados anteriormente, o restante do ranking engloba apenas a Uber, com um único ponto, e GetNinjas, Rappi e UberEats — serviço descontinuado no Brasil em janeiro deste ano — que zeraram na pesquisa e não conseguiram pontuar em nenhum quesito considerado pela universidade britânica.

Esse resultado é corroborado com reclamações por parte dos funcionários quanto à falta de benefícios oferecidos pelos apps de transporte e delivery. O caso mais recente é a denúncia realizada pela Frente de Apoio Nacional dos Motoristas Autônomos (Fanma) com relação ao aumento nas taxas da Uber, mas também há outras reclamações nos serviços.