
Economia e mercado 25 Mar
03 de fevereiro de 2023 0
Atualização (03/02/2023) - GS
Mesmo que a Activision Blizzard esteja aguardando ansiosamente pelo resultado do processo de fusão com a Microsoft, que está sendo minuciosamente analisado por órgãos reguladores dos EUA e Europa, a empresa também precisa lidar com os múltiplos processos de abusos sexuais que foram movidos por funcionários e ex-funcionários nos últimos anos.
No ano passado, a desenvolvedora por trás de franquias como Call of Duty e World of Warcraft, pagou uma indenização de US$ 18 milhões em uma ação coletiva movida pela Comissão de Oportunidade Trabalhista Igualitária dos EUA (EEOC). Esta semana, a empresa pagou uma nova indenização de US$ 35 milhões, desta vez, em um processo movido pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Em um comunicado divulgado na sexta-feira, a SEC disse que a editora de Call of Duty e Warcraft anteriormente carecia das ferramentas e procedimentos necessários para coletar e analisar adequadamente as reclamações dos funcionários sobre má conduta no local de trabalho.
Ele também disse que a Activision Blizzard infringiu a lei ao violar uma regra de proteção de denunciantes da SEC.
Sem admitir ou negar as descobertas da SEC, a Activision Blizzard concordou com uma ordem de cessar e desistir e pagar uma multa de US$ 35 milhões.
A ordem da SEC considera que a Activision Blizzard falhou em implementar os controles necessários para coletar e analisar reclamações de funcionários sobre má conduta no local de trabalho, o que a deixou sem meios para determinar se existiam problemas maiores que precisavam ser divulgados aos investidores.
Além disso, tomar medidas para impedir que ex-funcionários se comuniquem diretamente com a equipe da Comissão sobre uma possível violação da lei de valores mobiliários não é apenas má governança corporativa, é ilegal.
Por enquanto, resta saber se a Acitivision conseguirá reverter esse quadro preocupante da condução dos funcionários.
Texto original - 30/03/2022
Um juiz da corte federal aprovou o acordo de US$ 18 milhões proposto pela Activision Blizzard no caso de um processo de abuso sexual aberto há um ano pela Comissão de Oportunidade Trabalhista Igualitária dos EUA (EEOC).
Funcionários atuais e ex-funcionários de até setembro de 2016 podem enviar uma queixa sobre assédio sexual, retaliação ou discriminação na gravidez, para ser considerados para a indenização.
Embora o acordo com a EEOC seja o segundo maior desse tipo que a agência já aceitou, o acordo tem recebido algumas críticas, incluindo reclamações feitas pelo Departamento de Empregos Justos da Califórnia (DFEH).
Antes da abertura do processo pela EEOC no ano passado, o DFEH processou a Activision Blizzard em julho de 2021 por suas falhas em lidar com abuso sexual e discriminação com funcionárias.
O EEOC, que é uma agência federal, e o DFEH, que é uma agência estadual, têm disputado sobre quanto as vítimas deveriam receber da empresa, com a última sendo muito mais agressiva em sua busca por compensação.
O DFEH teme que seu caso, que está agendado para ir a julgamento em fevereiro de 2023, possa ser minado pelo acordo de hoje, que eles estiveram tentando adiar.
Conforme revelado pelo Washington Post, as vítimas que fizeram parte do acordo do EEOC não podem ser parte do processo do DFEH em casos específicos de assédio, retaliação ou discriminação na gravidez.
Em outubro do ano passado, o sindicato Trabalhadores de Comunicações da América, que representa um número de funcionários antigos e atuais da Activision Blizzard, chamou uma proposta de US$ 18 milhões de "horrivelmente inadequada", afirmando que isso só indenizaria no máximo 60 funcionários, enquanto muitos outros permaneceriam sem nada.
A título de comparação, no ano passado, a Riot Games concordou em pagar US$ 100 milhões para resolver um processo conjunto sobre discriminação de gênero e abuso sexual, além de remediar violações contra aproximadamente 1065 funcionárias fixas e 1300 temporárias.
Após o acordo desta semana, Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, disse o seguinte:
Nosso objetivo é fazer com que a Activision Blizzard seja um modelo para a indústria e continuaremos focados em eliminar o assédio e discriminação de nosso local de trabalho.
A aprovação da corte desse acordo é um passo importante para garantir que nossos funcionários tenham mecanismos para recorrer caso vivenciem qualquer forma de assédio ou retaliação.
Esse parece ser apenas o primeiro passo na limpeza de imagem da empresa, que está envolvida em diversos outros processos e escândalos.
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