Tech 28 Abr
Clínicas e empresas privadas do Brasil vão poder comprar vacinas contra a Covid-19 sem a necessidade de doação ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do próximo dia 22 de maio. Com isso, as doses podem ser comercializadas livremente.
A mudança vai ocorrer após o fim do prazo de transição de 30 dias para o fim da emergência sanitária no país entrar em vigor. Até então, os imunizantes só podem ser aplicados nos brasileiros através do SUS, de forma gratuita.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a AstraZeneca Brasil foi a primeira farmacêutica a iniciar as negociações e vai entregar as primeiras doses da sua vacina contra a Covid-19 para a iniciativa privada ainda neste mês.
"As primeiras doses devem ser entregues às instituições ainda em maio. Quanto à disponibilização ao público final, fica a cargo de cada instituição", comentou a farmacêutica sobre as negociações.
Já as farmacêuticas Pfizer e a Janssen afirmaram que não estão negociando com o setor privado. Portanto, isso significa que, no primeiro momento, o fornecimento dessas empresas deve ser exclusivo para o SUS, através de compras do Ministério da Saúde.
Por fim, a Coronavac, produzida em São Paulo pelo Instituto Butantan, só possui o registro de uso emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isso, ela não entra no rol de vacinas que podem ser comercializadas.
No entanto, o Ministério da Saúde pediu para a Anvisa analisar a possibilidade de uso da Coronavac com o status de emergencial por um ano mesmo com o fim da emergência sanitária. A análise ainda irá passar por votação da diretoria colegiada da agência.
A intenção é que esse imunizante seja direcionado para crianças e adolescentes de 5 a 18 anos. Entidades de saúde também pediram para o governo incluir as vacinas da Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para que elas sejam anuais.
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