Economia e mercado 02 Jun
Atualização (06/06/2022) - FM
A Nokia anunciou nesta segunda-feira (06) que irá colaborar com a NTT e sua subsidiária especializada em telecomunicações, a DOCOMO, para definir seus padrões para a próxima geração de rede móvel, o 6G. As novidades foram reveladas pouco após as primeiras impressões dadas por Pekka Lundmark, presidente da empresa.
De acordo com o comunicado da marca finlandesa, a parceria deve focar na elaboração de duas provas de conceito para tecnologias emergentes do 6G: a criação de uma interface de rede com inteligência artificial (IA) nativa e acesso a radiofrequências “sub-THz”, isto é, espectros muito mais altos que as faixas do 5G.
Ressaltando a prioridade em analisar os benefícios da IA no 6G e o uso de frequências acima de 100 GHz, a empresa afirma que “essas tecnologias têm grande potencial para aprimorar a flexibilidade de aplicação e ampliar a taxa de transferência para além do 5G sem a necessidade de aumentar o consumo de energia”.
A companhia acredita que transferências de dados mais rápidas podem ser alcançadas com a banda de 140 GHz. Essas conexões poderiam entregar velocidades de rede móvel de até 100 Gbps nas condições ideais, ou seja, 10 vezes mais veloz que o 5G. A Samsung é menos conservadora e acredita que pode trazer taxas até 50 vezes mais altas.
A Nokia acrescenta que outras tecnologias serão exploradas em parceria com a NTT, incluindo conceitos de rede-como-um-sensor para ampliar a segurança de redes privadas corporativas; arquiteturas especializadas, cognitivas e automatizadas; entre outras inovações.
Todas as análises serão promovidas em laboratórios no Japão, sede da NTT e DOCOMO, e em Estugarda, na Alemanha. Os testes com a rede devem iniciar ainda em 2022, e a expectativa é que o 6G chegue ao mercado em 2030 com foco no “metaverso industrial”.
Texto original (25/05/2022)
A tecnologia 6G deve chegar ao mercado por volta de 2030 com a expansão do metaverso industrial no setor tecnológico, segundo o presidente e CEO da companhia de telecomunicações Nokia.
Ele fez a previsão nesta quarta-feira (25) durante um painel de discussão em Davos com o tema “Panorama Estratégico da Economia Digital”.
Lundmark disse que em 2030, os celulares que conhecemos hoje não serão mais a interface mais comum porque o mundo físico e digital crescerá juntos, o que poderá resultar com os usuários utilizando o mundo de realidade virtual para ativar um interruptor ou comando que refletirá no mundo real.
Apesar da construção da rede 5G no momento, a computação quântica está amadurecendo para aplicações comerciais, indicando a proximidade do 6G. Um metaverso industrial traria modelos similares, quase idênticos, ao que existem em nosso mundo.
A diretora financeira da Alphabet, Ruth Parlot, também esteve na discussão e previu que as pessoas em breve poderão traduzir conversas instantaneamente com óculos de realidade virtual.
Não há ainda definição padrão do 6G. Apenas no final de 2018 e início de 2019 que as redes de telecomunicações começaram a utilizar a tecnologia 5G no setor comercial dos Estados Unidos. Lundmark também disse que fazer a mudança para o 6G exigiria recursos computacionais mais expansivos, incluindo redes que seriam cem ou até mil vezes mais rápida do que o 5G.
Especialistas descrevem o 6G não apenas como uma tecnologia de maior velocidade, mas um salto geracional de grande escala nas redes de telecomunicação, utilizando recursos como mecânica quântica e inteligência artificial.
No início do mês, foi revelado que a Samsung iniciou o desenvolvimento do 6G e rede pode ser 50 vezes mais rápida que o 5G.
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