A IDC publicou na quarta-feira (08) um relatório que mostra suas previsões para o mercado global de computadores pessoais — incluindo desktops e notebooks — em 2022, indicando que essa indústria pode sofrer uma nova baixa de oferta e, por consequência, reduzir o volume de vendas em 8,2% em relação ao ano de 2021.

Para o período, os tablets devem ter uma queda de vendas menos acentuada de 6,2%. A IDC explica que o recuo deve ocorrer em função da guerra na Ucrânia e os lockdowns decorrentes da nova onda de casos de coronavírus na China. A pandemia, por sinal, é um dos fatores responsáveis pelo crescimento do mercado de PCs registrado em 2021.

Cerca de 321,2 milhões de PCs devem ser vendidos em todo o mundo em 2022, quantidade que deve ser gradualmente recuperada ao longo dos próximos anos até 2026. Para os tablets, a expectativa de vendas é de 158 milhões de unidades. O ano passado foi marcado por uma grande ascensão desse segmento em vista do ensino à distância. Veja abaixo:

O gráfico torna possível visualizar o pico de vendas atingido em 2021, refletindo a alta demanda de ferramentas para o regime “home office”. Além disso, observa-se que o segmento de tablets deve permanecer estável até 2026.

“Escassez de fornecimento tem afetado a indústria há um tempo e os recentes lockdowns na China continuam agravando esse problema, uma vez que as fábricas enfrentam problemas para receber novos componentes”, comenta Jitesh Ubrani, gerente de pesquisas da IDC.

Líderes de grandes empresas e fábricas de componentes eletrônicos acreditam que os efeitos da crise de semicondutores devem ser efemerizados a partir do segundo semestre de 2022. O CEO da Intel, Pat Gelsinger, tem previsões menos otimistas e acredita que um cenário mais estável será visto somente em 2024, apesar da normalização dos preços de hardware.