Em um comunicado à imprensa divulgado na última quinta-feira (7), executivos do Twitter revelaram que a rede social está empenhada em encontrar e remover contas falsas da plataforma para aprimorar a experiência dos usuários reais e, em paralelo a isso, responder aos questionamentos de Elon Musk, bilionário e CEO da Tesla, sobre as medidas adotadas pela empresa para coibir o uso de bots ("robôs", em português) na disseminação de spam.

De acordo com os acionistas, o Twitter remove diariamente cerca de um milhão de contas falsas em todo o mundo através de análises manuais e automáticas utilizando o sistema de inteligência artificial (IA) do aplicativo. Em uma coletiva anterior, a empresa afirmou que o total de robôs e contas falsas corresponde a menos de 5% dos usuários.

Nesta sexta-feira (08), fontes norte-americanas revelaram que o acordo de compra do Twitter por Musk pode não acontecer devido a uma dificuldade da rede social em contabilizar o número de bots. Para o bilionário, essa informação é essencial para determinar o alcance da plataforma com a exibição de anúncios para pessoas reais, dado que contas falsas não consomem conteúdo.

Diante deste cenário de incertezas, especialistas preveem duas possibilidades: Musk fixa um valor médio para as ações do Twitter ou tentar suspender o acordo — arriscando pagar a outra parte uma multa de US$ 1 bilhão — se baseando em uma cláusula que estipula o não pagamento da multa em ocorrência de "problemas legais".

De acordo com o Twitter, a auditoria do número de bots na rede social não pode ser feita utilizando uma empresa externa por exigir o fornecimento de informações privadas dos usuários. Com isso, é possível que o bilionário realmente desista da aquisição da plataforma por não obter dados concretos sobre o número de bots.

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