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Intel deve continuar perdendo participação de mercado para a AMD até 2024, diz analista

20 de julho de 2022 4

A Intel é líder absoluta do mercado de processadores x86 — isso não é segredo. Mas o fato é que a gigante de hardware perdeu um volume expressivo de vendas para a AMD em 2020 e 2021, e as previsões de especialistas do ramo são muito favoráveis para a “equipe vermelha”, conforme indica Matt Bryson, analista da empresa de pesquisas Wedbush.

Em entrevista à CNBC na última terça-feira (19), Bryson afirmou que a Intel deve seguir perdendo market share para a AMD até 2024, no mínimo. Com o sucesso contínuo dos processadores Ryzen e a alta expectativa para a linha baseada em Zen 4, a empresa de Lisa Su continuará sugando as vendas da rival na área de computadores pessoais e servidores.

(Imagem: Reprodução/AMD)

O especialista comenta que o U.S. CHIPS for America Act — proposta que visa expandir o desenvolvimento e produção de semicondutores com estímulo de US$ 50 bilhões do governo dos Estados Unidos — irá beneficiar a fundição da Intel até 2026, mirando o apoio cedido pelo governo de Taiwan à TSMC, a maior fabricante de semicondutores do mundo.

A AMD é cliente da fundição taiwanesa por não contar com capacidade de produção própria, mas pode se beneficiar indiretamente do U.S. CHIPS for America Act, uma vez que o subsídio poderá ser usado pela TSMC para a construção de sua fábrica em Arizona. Isso deve contribuir, além de tudo, para que os Estados Unidos garantam vantagens sobre a China.

Bryson faz uma breve menção a outro grande nome do mercado de hardware, a NVIDIA. Líder do segmento de placas de vídeo, a fabricante deve sofrer impacto com a queda de popularidade da mineração de criptomoedas, mas seu “forte portfólio” irá garantir que continue no topo, apesar dos ganhos expressivos da AMD com a Radeon RX.

No lado corporativo, a Intel está trabalhando no lançamento dos processadores Xeon Scalable de 4ª geração e incluirá a NVIDIA em sua lista de clientes; a AMD está desenvolvendo o EPYC “Genoa” com até 96 núcleos. Para disputar no segmento de desktops e notebooks, a empresa de Pat Gelsinger lançará o Core de 13ª geração em meados de outubro de 2022.


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