Google 11 Jul
Um estudo da IDC Brasil já indicou que o mercado de tablets está encolhendo a nível mundial e agora novas estatísticas indicam que a situação no Brasil não foi diferente no primeiro trimestre de 2022, que encerrou com uma queda de 31% em relação ao mesmo período de 2021 — um retrocesso maior em comparação com o mercado global, que encolheu 3,9%.
Detalhando um pouco mais, 713 mil tablets foram vendidos no período entre janeiro e março de 2022 no Brasil; sendo que 367 mil deles foram destinados ao varejo e 346 mil para fins corporativos, mercados que caíram 45% e 1%, respectivamente.
Dessa forma, Daniel Voltarelli, analista de mercado de TIC da IDC Brasil, pode deduzir que a mudança foi causada pelo seguinte fator:
O recuo nos três primeiros meses deste ano se deu, principalmente, em função das questões econômicas que vêm reduzindo o poder de compra da população, como a alta da inflação e da taxa de juros.
Para se ter uma ideia, o preço médio dos tablets no Brasil ficou entre R$ 1.000, 10% maior em relação à média do ano passado, o que fez o interesse dos usuários cair se considerarmos o cenário geral com preços de outros produtos essenciais subindo no mesmo período. A receita deste mercado foi de R$ 736 milhões em 2022, uma queda de 23%.
Confira aqui os melhores tablets na faixa de R$ 1.000 e R$ 2.500.
Já o mercado corporativo teve resultados melhores que foram impulsionados pela área da educação, onde o uso de tablets cresceu 4%, com 260 mil dos 346 mil tablets vendidos no primeiro trimestre sendo destinados a instituições de ensino.
Por outro lado, foi registrada uma maior procura por tablets nas pequenas empresas, que são aquelas com até 99 funcionários, pois muitos colaboradores estão aderindo ao trabalho híbrido e a mobilidade desses dispositivos tem um grande diferencial em relação aos desktops e notebooks, que estão cada vez mais caros.
A IDC prevê que o mercado de tablets ainda deve fechar 2022 com retração acima de 20% devido aos fatores já citados que reduzem cada vez mais o poder de compra dos brasileiros. É esperado que essa situação somente mude em 2023.
Enquanto isso, o mercado corporativo privado deve se manter estável, enquanto a área da educação deve registrar uma leve queda causada pela redução nos acordos na área por conta do período eleitoral.
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