Economia e mercado 11 Ago
A rede 5G Standalone (pura) estreou no Brasil no mês passado e diversas capitais do pais estão recebendo a nova tecnologia. Entretanto, para utilizar a novidade é necessário de um aparelho compatível, o que pode dificultar o acesso para algumas pessoas.
A operadora TIM, uma das vencedoras do leilão do espectro de 3,5 GHz, considerado como o principal do 5G, acredita que os celulares compatíveis ainda são caros e defende a criação de incentivos para que modelos fiquem mais baratos para o consumidor.
De acordo com o site UOL Tilt, a afirmação foi feita por Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da TIM, durante evento 5G Summit realizado na última terça-feira (16) pela desenvolvedora de chips Qualcomm, em São Paulo.
"Na época do 4G, nos beneficiamos com a Lei do Bem — que fez com que o preço dos smartphones caísse. Agora, temos o benefício da escala — muito mais gente tem smartphone na estreia do 5G que do 4G. Porém, a barreira de entrada de telefones é muito alta", afirmou Capdeville.
Para o executivo da TM, quanto mais cedo cair o preço dos celulares 5G, melhor será para expandir o acesso à nova rede de conexão, e também é um jeito das empresas recuperarem os investimentos feitos no leilão e focarem na expansão de redes.
Cabe destacar que a maioria das operadoras não lançou planos específicos para o 5G até o momento. Contudo, é esperado que as empresas formatem planos mais adiante que levam em consideração as velocidades de download e upload altíssimas.
Citada por Capdeville como exemplo, a "Lei do Bem" de 2013 incentivou que mais pessoas comprassem celulares 4G. Na época, o governo reduziu impostos que tinham alguma etapa de fabricação ou montagem no Brasil com valor de até R$ 1.500.
Dessa forma, estima-se que desconto no preço final para o consumidor ficou na casa dos 13%. No Brasil, atualmente, há pelo menos 70 modelos, de acordo com a Anatel, compatíveis com 5G. O preço médio de um celular vendido pela TIM é de R$ 1.700.
"Na pandemia, vimos a importância da conectividade: quem tinha acesso, podia estudar, por exemplo. O que gostaríamos, até pela questão de inclusão digital, é que o 5G ajudasse a democratizar o acesso à internet de boa qualidade em lugares onde não há fibra óptica ou conexão cabeada. E isso passa diretamente por termos celulares compatíveis mais acessíveis", disse o executivo.
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