Segurança 04 Out
A Samsung parece otimista quanto à evolução de sua indústria de semicondutores e, durante o evento Foundry Forum 2022, a sul-coreana revelou suas previsões para os próximos cinco anos. Mirando alto desempenho e eficiência de energia, a meta da empresa é iniciar a produção de chips com litografia de apenas 1,4 nanômetro até 2027.
O cronograma abaixo reitera que sua fundição está atualmente migrando para a litografia de 3 nanômetros com GAA (Gate All Around) — conhecida tecnicamente como “SF3E” — em 2022. A primeira geração da tecnologia irá alimentar processadores que devem ser anunciados nos próximos meses no ramo de celulares, automóveis, PCs, IoT e muito mais.
Em 2024, a segunda geração de sua litografia de 3 nanômetros, conhecida como “SF3”, entrará em produção para garantir transistores 20% menores, aprimorando a eficiência energética do hardware e, por consequência, garantindo mais desempenho.
O último fruto da tecnologia de 3 nanômetros será o processo SF3P+ em 2025, uma versão melhorada da litografia que teria objetivo de recuperar grandes clientes perdidos ao longo dos últimos anos, segundo analistas. A Qualcomm é um dos exemplos mais recentes após os problemas com o Snapdragon 8 Gen 1, mas a lista também inclui Apple, AMD e NVIDIA.
Iniciando uma nova era, ainda em 2025, a Samsung introduziria o processo de 2 nanômetros que, além de reduzir o tamanho dos transistores, esses componentes serão alimentados pela parte traseira do chip. Atualmente, a entrega de energia e a comunicação do hardware ocorre na mesma face de uma plataforma, o que reduz sua eficiência e área útil.
Com isso, o processo SF2 fará com que a transmissão de dados e a entrega de energia sejam divididas entre os diferentes lados da plataforma. A expectativa é que essa arquitetura melhore o desempenho geral do hardware. A Intel também pretende trabalhar com a tecnologia que, em sua fundição, é chamada de “PowerVia”.
Finalmente, em 2027, a Samsung Foundry introduzirá o processo de 1,4 nanômetro (SF1.4), uma das menores litografias imaginadas de forma oficial por uma empresa. Dado que a tecnologia é de extrema complexidade e se aproxima da escala de átomos — cerca de apenas dez vezes maior que a partícula —, a fabricante não arriscou informar detalhes.
Por ora, a sul-coreana espera um aumento na demanda por chips no setor automotivo e HPC (computação de alto desempenho). Módulos de radiofrequência produzidos em 5 nanômetros devem ser lançados ainda este ano, e a previsão é que hardware avançado para IoT e 5G abrace a tecnologia de 4 nanômetros em breve.
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