A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta segunda-feira (14) um relatório que sinaliza a incrível popularidade das transações instantâneas no país. Segundo a entidade, o Pix é a forma de pagamento mais utilizada em todo o Brasil e alcançou 141,1 milhões de pessoas até o último mês de outubro — cerca de 67% da população nacional.

Desde seu lançamento em novembro de 2020 até o dia 30 de setembro de 2022, o sistema de pagamentos instantâneos somou 26 bilhões de transações e movimentou cerca de R$ 12,9 trilhões. O Pix mostrava indícios de sucesso desde seus primórdios — em menos de três meses, a modalidade superou as transações com DOC e TED.

O Pix ultrapassou o número de transações com cartão de débito e crédito no início de 2022. De acordo com Isaac Sidney, presidente da Febraban, o crescimento do sistema de pagamentos instantâneos é constante e registrou aumento de 94% das operações nos últimos 12 meses.

As transações feitas com o Pix continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano.

Isaac Sidney

Presidente da Febraban

Os dados apontam também que a maioria dos usuários do Pix são adultos entre 20 e 39 anos. 43% de todos os adeptos ao meio de pagamento estão na região Sudeste do Brasil; 26% estão no Nordeste; 12% estão no Sul; 10% estão no Norte; e apenas 9% estão no Centro Oeste. Há um total de 523,2 milhões de chaves cadastradas no Banco Central.

A maioria das chaves são aleatórias (213,9 milhões), então seguidas pelo CPF (114,2 milhões), número de celular (108,3 milhões) e endereço de e-mail (77,5 milhões).

A gratuidade, praticidade e crescimento do uso do internet banking no celular são os principais fatores que contribuíram para a popularidade do Pix, mas os riscos à segurança dos usuários aumentaram de forma proporcional. Uma pesquisa da PSafe apontou que, entre fevereiro e março de 2022, as tentativas de golpes utilizando a ferramenta aumentaram em 350%.

Pegando carona na rapidez das transações e potenciais ameaças aos dados dos adeptos ao Pix, um dos casos mais recentes é o “Urubu do Pix”, que se tornou popular nas redes sociais por prometer que, ao transferir um valor para determinada conta, a pessoa receberia de volta a quantia multiplicada em poucos minutos.

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