A ZTE é uma das principais empresas no ramo de telecomunicações da China, e assim como a Huawei, planeja a elaboração de uma rede sucessora para o 5G — embora ainda seja uma tecnologia nova em diversas regiões. A fabricante revelou na última semana que obteve “resultados positivos” em seus testes mais recentes com a nova geração, o 6G.

Informações divulgadas pelo IT Home na quarta-feira (23) apontam que “os resultados alcançados no teste experimental [da ZTE] foram notáveis e os indicadores técnicos refletem boas funções e desempenho”. Empresas do setor acreditam que o 6G será até 100 vezes mais rápido que o 5G, e a expectativa é que sua ativação ocorra em meados de 2030.

A ZTE realizou ensaios para analisar frequências, aplicações e poder de transmissão e recepção de dados. Com os resultados promissores da fabricante aliados aos avanços da Huawei, a China ganha mais notoriedade no desenvolvimento da sexta geração da rede móvel para tentar navegar contra a maré de sanções e boicotes dos Estados Unidos.

Para o teste com a rede, a empresa teve a colaboração do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China. O estudo teve o objetivo de verificar as aplicações do 6G em uma rede autônoma distribuída com conceito de “gêmeos digitais”, tecnologias para trabalhar na casa de “terahertz” e uso de metassuperfícies para transferência de ondas.

Paralelo a isso, Ericsson e Nokia trabalham juntas no ocidente para elaborar a rede. O projeto “Hexa-X”, criado em 2021, recebe investimento de diferentes países para concluir uma grande etapa de testes até 2023. Samsung e LG trabalham em nome da Coreia do Sul para contribuir com o lançamento de serviços com o 6G.

No Brasil, a elaboração da rede é morna. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criou um Plano de Uso do Espectro de Radiofrequências do Brasil que prevê a regulamentação do uso de faixas para o 6G a partir de 2025. Por outro lado, somente as capitais do país contam com o 5G, e ainda há esforço para ampliar a cobertura da rede 4G.