O Twitter está enfrentando uma enorme crise interna e se envolvendo em muitas polêmicas após o bilionário Elon Musk ter assumido o controle da rede social no último mês. Demissão em massa de funcionários, enquete para anistia geral de usuários banidos por violação dos termos de uso e acusações contra a Apple estão entre os casos recentes.

De acordo com informações da CNN, recentemente a plataforma parou de incluir o aviso de desinformação em publicações com dados mentirosos sobre a covid. Essa decisão contraria veementemente as ações da empresa entre janeiro de 2020 e setembro de 2022, período em que mais de 11 mil contas foram suspensas por disseminarem fake news.

Contrariando o histórico da rede social, desta vez a empresa não se posicionou publicamente anunciando a mudança nas regras relacionadas à desinformação na plataforma, adicionando apenas o seguinte texto na seção de transparência: "A partir de 23 de novembro de 2022, o Twitter não está mais aplicando a política de informações enganosas da COVID-19".

Embora Musk não tenha se pronunciado sobre o caso, é coerente que essa alteração tenha sido implementada sob ordem do novo dono da companhia. O CEO da Tesla, SpaceX e, mais recentemente, Twitter, é conhecido por defender a "liberdade de expressão" irrestrita e ter minimizado a covid-19 nos primeiros meses após o surgimento da doença.

Redes sociais da Meta como o Facebook e Instagram continuam checando notícias e publicações divulgadas na rede social e avisando em caso de conteúdo falso. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo registra 6,63 milhões de mortes pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

No Brasil, informações coletadas pelo consórcio de veículos de imprensa mostram que o país registrou 35,1 milhões de casos de covid-19 nos últimos dois anos com 689 mil óbitos no período.